Delft é também a cidade natal do pintor Jan Vermeer, cuja obra mais conhecida é a "menina do brinco de pérola". A cidade também ficou famosa devido às suas fábricas de faiança, que datam de meados do século XVII. O apogeu dessa indústria, que se inspirou, inicialmente, em modelos chineses, situa-se entre 1680 e 1740, tendo sido Abraham de Coog seu mestre principal. Toda a cerâmica europeia sofreu influências da de Delft. Delft hospeda ainda uma das universidades técnicas mais renomeadas da Europa, a Universidade Técnica de Delft.
Embora a Holanda, de facto seja na maioria da sua superfície plana, o urbanismo de Delft, na medida que as ruas são estreitas e os edificado é antigo, não é muito diferente neste aspeto, do de Lisboa ou do Porto, excluindo obviamente a topografia. Todavia toda a zona do centro da cidade, é interdita ao trânsito automóvel, não havendo exceções para residentes. E não se trata apenas de uma praça ou de algumas ruas, mas toda uma série de quarteirões na zona central da cidade onde os carros estão proibidos de entrar. Há parques apenas na periferia, e em toda a zona do centro as pessoas deslocam-se essencialmente a pé, e de bicicleta. A atividade comercial fervilha, mesmo a dos grandes grupos económicos, mas também a dos pequenos comerciantes. As pessoas usam as praças e as ruas, para passear, conviver, fazer compras, ir ao café ou à padaria, e até se sentam no meio das praças a conviver. Veem-se imensos idosos na rua, crianças, carrinhos de bebés, pais e avós a passear os filhos e netos, e muitos animais domésticos que vagueiam livremente. O espaço público é das pessoas. E como conseguiu isto a autarquia de Delft? Para responder a esta pergunta, lançamos um desafio: tente procurar nas dezenas de fotografias abaixo, um único automóvel.


























































Fotos de João Pimentel Ferreira
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