O PASSEIO LIVRE apoia o grupo de cidadãos que tomou a iniciativa de "dizer não" e protestar nas instâncias competentes contra mais um parque de estacionamento na cidade de Lisboa, mais precisamente no Príncipe Real.
Falamos de uma cidade que além dos milhares de lugares de estacionamento à superfície já é dotada com mais de 150 parques subterrâneos de acordo com o portal parkopedia e com as Páginas Amarelas.Esta parcomania levada a cabo pela vereação de António Costa, além de ser extremamente onerosa para o erário público, apenas piorará os problemas de mobilidade das zonas em causa, pois as artérias que dão acesso aos ditos parques não têm mais capacidade de fluxo para transportar os carros para os locais respetivos, aumentado por conseguinte os congestionamentos do tráfego, o ruído e a poluição, deteriorando assim os níveis de segurança e a qualidade de vida dos residentes.
As pessoas que habitam nessas zonas têm de fazer escolhas; por exemplo usar mais os transportes públicos ou ter menos automóveis por família.
As pessoas que habitam nessas zonas têm de fazer escolhas; por exemplo usar mais os transportes públicos ou ter menos automóveis por família.
Notícia do PÚBLICO:
A Plataforma Contra o Parque Automóvel vai entregar nesta quinta-feira uma petição na Assembleia da República, com mais de 4000 assinaturas, contra a construção de um parque de estacionamento no Príncipe Real, em Lisboa.
Esta plataforma engloba representantes do Grupo de Amigos do Príncipe Real, Fórum Cidadania Lx, Liga dos Amigos do Jardim Botânico, Associação Lisboa Verde, Árvores de Portugal e Quercus Lisboa.
No documento, os signatários "manifestam o seu repúdio pela construção de todo e qualquer parque de estacionamento subterrâneo na Praça do Príncipe Real".
Paulo Ferrero, do Fórum Cidadania Lx, que também integra a plataforma, assinalou que a intenção de construir este parque "já vem desde há 16 anos", pelo que "há que acabar com esta novela".
O responsável adiantou que, "em termos de mobilidade, não faz sentido abrir um parque de estacionamento naquela zona".
"Se houver necessidade por parte dos moradores, há alguns locais onde podem fazer isso", como no edifício do antigo jornal A Capital, no Bairro Alto, ou nas traseiras da Imprensa Nacional, exemplificou.
Paulo Ferrero salientou que "o que a Câmara devia fazer era abrir a linha do eléctrico" para o Príncipe Real, como era o caso do 24, e que um dos troços saia do Cais do Sodré até Campolide, passando pelo Príncipe Real.
Com a construção do parque, está ainda em causa o ambiente que, de acordo com Paulo Ferrero, já tem vindo a ser afetado, com a intervenção no piso do jardim e com uma menor sombra que levou à morte de algumas árvores.
Em Junho, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, afirmou que as perfurações no Príncipe Real, iniciadas em Maio, foram apenas de avaliação e disse que é "negativo" construir ali um parque subterrâneo, embora tenha reconhecido que poderia ser "uma mais-valia" na zona, carente de estacionamento para residentes.
Segundo o autarca, o município apenas autorizou sondagens no local, para verificar se haveria interferência com o jardim, pelo que só se tomarão decisões quando o processo estiver terminado e apenas com a garantia de não existirem riscos.
O problema desses residentes possuidores de latas com 4 (ou duas) rodas e alguns deles com as duas versões, é o de pretenderem, custe o que custar, estacionarem à porta de casa, mesmo que para isso, infrinjam o Código da Estrada - artºs. 48º. e 49º. e mandem às urtigas os conceitos de cidadania e de civismo. Pena os prédios não terem as portas mais largas para assim poderem recolher as latas no respectivo patamar...
ResponderEliminarPorra pás, não querem os carros nos passeios e também não os deixam ir para debaixo de terra! Como se diz mesmo alguém quer impor o seu modo de vida aos outros à força? Ahhh... espera, já sei FACHISMO!
ResponderEliminarCaro Vladimir. A questão do estacionamento ilegal, é mais complexa do que deixa a entender. O problema do estacionamento ilegal está ligado com muitos outros fatores conexos mas o principal na realidade é a relação entre espaço público e o número de veículos que tem Lisboa. Lisboa é uma cidade muito antiga, fundada pelos Fenícios e conquistada em 1147 pelas tropas cristãs, e nunca levou uma remodelação urbanística profunda, nem nunca sofreu bombardeamentos aéreos, como Paris, Londres ou Berlim. Assim, a grande maioria das artérias são estreitas não tendo grande capacidade de fluxo viário para automóveis, mesmo com passeios extremamente reduzidos. O elevado número de veículos que tem Lisboa, coloca uma enorme pressão sobre o espaço pedonal. Portugal está nos países de topo da Europa em maior número de veículos por habitante, e isso coloca naturalmente uma grande presão sobre o espaço pedonal. A experiência dita ainda, que mesmo zonas que são dotadas de enormes parques subterrâneos, não oferecem significativas melhoras ao espaço pedonal; vede os casos das artérias em torno do Bairro Alto ou do Cais do Sodré; pela simples razão, que os carros que estarão subterrados, terão de chegar aos parques, e para tal vão criar tráfego, ruído e poluição, sendo necessário alocar vias mais largas para os fazer chegar lá, e por conseguinte reduzir espaço pedonal; numa cidade cuja largura das média vias é algo estreita. Para mais este tipo de parques são extremamente onerosos, quando vindos de uma autarquia que está seriamente endividada e tem graves carências sociais. Cumprimentos
EliminarNo tempo do "fachismo", não existiam o número de latas com quatro rodas como existem hoje. E se viveste nesse tempo, sabes bem que as latas que existiam NUNCA estacionavam em cima dos passeios, das passadeiras e das paragens dos transportes públicos senão os bófias "fachistas" rebocavam-nos logo e passavam-lhes a respectiva multa. Quanto aos parques subterrâneos, existem espalhados por Lisboa (e também à superfície) e estão às moscas porque os manhosos querem ficar junto à porta do prédio onde moram e terem de andar uns metros do parque até casa é uma maçada do caraças! E não são idosos que o fazem. São manhosos novos que até se dão ao luxo de terem porta-bagagens no tejadilho com suportes para bicicletas e pranchas de surf... Atletas da m3rda!
EliminarE o que dizer daqueles que, à força de quererem ir de carro ao café da esquina, impõem esse estilo de vida à metade dos munícipes de Lx que, por um motivo ou por outro, não têm carro. Refiro-me a quem quer andar a pé, mas não tem passeios ou estes estão ocupados por automóveis. A quem quer andar de bicicleta, mas tem receio de ser esmagado por um automóvel em excesso de velocidade. A quem quer utilizar o autocarro ou o eléctrico, mas este fica bloqueado pelos engarrafamentos.
EliminarQuem é que força o seu "modo de vida"?
Este site começa a ser ridículo. Agora até em parques subterrâneos estão contra o estacionamento. Com mentalidade desta, só resta mesmo estacionar nos passeios pois, acreditem ou não, as viaturas precisam de locais para estacionar, não podem estar sempre em circulação.
ResponderEliminarAcreditar que o problema das latas em cima dos passeios é falta de lugares subterrâneos é acreditar na carochinha e na abelha maia num menage à trois com o Pai Natal! Já foste à zona do Vasco da Gama? Se vires aqui no PL a zona em torno da gare do oriente está pejada de parques.... vazios.... e os passeios estão repletos.... de carros. Acorda ó toino! Vê esta ligação referente ao recente novíssimo parque do chão do loureiro, e acorda para a realidade ó idiota! Isto só lá vai quando o Costa começar a taxar carros a moradores, em vez dos 12€, por ano nos 1200€! Sua burra quadrada!
EliminarDe facto, em média, um automóvel passa 80% do seu tempo parado. Isso é um dos absurdos desse meio de transporte. Mas para quem o utiliza de forma irracional, é difícil perceber que não pode ter sempre um lugar disponível à porta do seu destino. Simplesmente, não há recursos para isso. E, por recursos, refiro-me a espaço à superfície, ou capital para construir subterrâneos.
EliminarAfinal, quem é que vai pagar todos, mesmo todos, os custos dessa opção?
É uma pena que os comentários estejam a ser cada vez mais violentos e pouco educados. Se queremos que respeitem a nossa opinião, devemos respeitar a dos outros, mesmo que não concordemos.
ResponderEliminarA questão de se estar (também) em desacordo quanto a estacionamentos subterrâneos tem a ver com o facto de que, mais estacionamento, implica mais trânsito automóvel. O grande problema de trânsito automóvel e qualidade do ar em Lisboa é o grande número de lugares de estacionamento disponíveis (sejam legais ou ilegais).
Se não existir tanta facilidade em estacionar o carro, então, as pessoas mais comodistas terão que encontrar outras alternativas. Não quero, com isto, dizer que todos passemos a utilizar o transporte público. Até porque, muitas vezes, é demasiado dispendioso e pode ser pouco prático. No entanto, acredito que possam ser retirados muitos carros da cidade se retirarmos os comodistas que têm boas alternativas.
Os tais 12 EUR (não sei preço, guio-me pelo que aqui disseram) que um morador paga anualmente não devem sequer cobrir os custos administrativos. 12 EUR para reservar um espaço que é público? A história de que "eu tenho direito a ter carro e ter sítio onde o colocar" a mim não me convence. Senão, eu encontraria logo 1001 outras forças que me levariam a reivindicar os meus "direitos".
Isto dava para muita conversa, como sempre. Vamos esperando para ver as lentas melhorias na cidade.
Concordo plenamente com as suas palavras caro Ricardo. Também não acho que haja qualquer relação entre mais parques subterrâneos e melhoria da qualidade do espaço público, mais especificamente espaço pedonal. É como diz, e é exatamente ao contrário do que possa parecer, é por Lisboa ter uma oferta enorme de lugares de estacionamento, legais e ilegais, que a cidade é tão caótica e com uma péssima qualidade de vida para quem quer se deslocar a pé. Os 12€ por ano, estão corretos. Um residente de Lisboa paga 12€ por ano para estacionar o seu automóvel no espaço público 24h/dia; 365 dias por ano. Segundo dados da própria EMEL, esse montante serve apenas para custear a emissão do dístico.
EliminarPor 12 Euros por ano, se calhar vou pedir à CML um dístico para estacionar um atrelado com um contentor. Vivo num apartamento pequeno e dava-me jeito espaço extra para guardar alguma tralha, ou mesmo, quiçá, montar um quarto de visitas...
EliminarSugiro antes uma alternativa mais ecológica: https://www.youtube.com/watch?v=V-fWN0FmcIU
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