Todos sabemos que a Alemanha é a maior potência económica da Europa, e que a sua indústria automóvel tem um papel importantíssimo na dinamização da economia alemã, interna e externamente. Todavia há zonas sagradas, templos onde o pedestre é rei e onde os automóveis estão literalmente impedidos de violar o espaço sacrossanto do pedestre. Um desses locais é Alexanderplatz, na zona da antiga Berlim Oriental. Apesar da capital da Alemanha ser uma cidade com largas avenidas, e onde o automóvel é uma das prioridades municipais e de muitos cidadãos, criando naturalmente ruído e poluição do ar; a Alexanderplatz é um caso excecional. O repórter do Passeio Livre presenciou num espaço partilhado muito amplo, inúmeros peões, inúmeras bicicletas e mesmo vários elétricos, partilhando civilizadamente e sem registo de conflitos todo este enormíssimo espaço comum. O comércio fervilhava, as pessoas conviviam, os ciclistas circulavam calmamente e as esplanadas estavam repletas. Diríamos que como exemplo, estamos no exato ponto antagónico da praça de Entre-Campos ou da praça do Marquês de Pombal em Lisboa.
Portugal, um país que infelizmente não tem muitos recursos financeiros, mas onde cada um acha que tem o direito de ocupar as praças, os logradouros e o espaço público com os seus automóveis importados aos alemães. Lembramos que mesmo nesta Praia Lusitana desde a fundação da nacionalidade, o espaço público sempre foi historicamente das pessoas, das crianças e dos pedestres, não dos automóveis. A BMW, a Audi, a VW e a Mercedes agradecem aos portugueses!
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Ao fundo o edifício do município |
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Esta rua, outrora com carros, foi fechada ao trânsito automóvel |
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As pessoas compram e usufruem do espaço público |
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Calçada à portuguesa |
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Estação ferroviária (S-Bahn), de metropolitano (U-Bahn) e de elétrico |
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Apesar de ser linha do elétrico, as pessoas sentem-se seguras, não havendo conflitos, ao contrário de uma estrada com automóveis |
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Pessoas vão às compras ou vêm do trabalho |
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Os passeios além de serem enormes pertencem às pessoas |
Desde quando é possível fazer isto em Lisboa? A malta até leva os carros para a casa-de-banho se for preciso
ResponderEliminarOh Costa isto não dá é Lisboa porquê? É assim tão caro impedir os carros de entrar nas zonas que devem ser das pessoas? Estas medidas NÃO TÊM NADA A VER COM DINHEIRO, falamos de opções POLÍTICAS.
ResponderEliminarEssa praça, devido à ausência de movimento é super "morta". Conheço bem o local.
ResponderEliminarPéssimo para o comércio, descaracterizado, sem chama. Aliás há imensas praças com este mal pela Alemanha, França, Holanda, etc... É o custo de se ser populista.
Nada melhor que uma grande avenida repleta de carros, poluição, barulho e atropelamentos para "vivificar" uma cidade
EliminarAh, e as pessoas que se veem nas fotos, devem ser modelos contratados pelo fotógrafo.
ResponderEliminarExato! Onde é que estão as pessoas gordas? Do género daquelas que só não estacionam dentro da loja porque não deixam?
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