Suspeita de atropelar mortalmente jovem tinha excesso de álcool

As análises ao sangue da mulher suspeita de atropelar mortalmente um jovem na noite da passagem de ano em Lisboa permitiram detetar uma taxa de alcoolemia de 1,67 gramas/litro de sangue, considerada "crime", disse, esta quinta-feira, fonte policial.

O jovem estudante de medicina foi atropelado a 1 de janeiro, pelas 4 horas, na avenida Ribeira das Naus, junto ao Cais do Sodré, tendo o condutor fugido do local. O jovem foi transportado para o Hospital de São José, mas acabou por falecer devido aos ferimentos.

Cinquenta minutos depois do acidente, a polícia encontrou um veículo suspeito de ter atropelado o jovem - sem um espelho retrovisor que foi encontrado no local -, encontrando-se no seu interior, no local do condutor, uma mulher de 30 anos a dormir.

Na altura, a polícia não conseguiu fazer o teste de álcool à suspeita, que teve que ser transportada ao hospital para fazer análises ao sangue.

O resultado das análises ao sangue foi entregue esta semana à polícia por um hospital de Lisboa e revela que a suspeita tinha no sangue uma taxa de álcool superior ao permitido por lei.

Segundo a fonte da PSP, a polícia vai enviar ainda esta semana os resultados das análises ao Ministério Público.

Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=3081420#sthash.hipptOgT.dpuf

5 comentários:

  1. 2 meses depois é que o resultado das análises é entregue à polícia? Isto é normal (não é uma pergunta de retórica é um pedido genuíno de esclarecimento a quem o souber dar)?

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  2. É deveras repugnante o cinismo escancarado com que a comunicação social se debruça sobre muitos dos seus artigos jornalísticos. A começar, porquê que a indicação, de que aquela condutora cometeu um crime rodoviário, está entre aspas ?
    Será que é por ser, no entender desses senhores, que um crime rodoviário é menos grave que qualquer outro e que, por ora, "não se deve ler à letra" a transcrição da tipificação de delitos à Lei ?
    Se a condução de veículos com uma taxa de álcool superior a 1,2 g/litro de sangue é considerado CRIME, onde está a "dúvida" da gravidade do acto ?
    Será que a taxa que a energúmena possuía, de 1,67 g/l ainda por cima, é para os senhores jornalistas algo sem importância ? Para eles ia apenas com uns copos e nada mais ?
    Tenhamos ainda em conta de que, da prática do "crime" (tal e qual "assim" como o descreveram na notícia), houve uma vítima mortal decorrente do «arrombamento» de uma pedestre por parte daquela tipa. Ou seja, a "excelentíssima" não só ia a "brincar" como tirou a vida de uma jovem que ia a pé !
    Pode parecer uma abordagem inofensiva (disso não tem nada, digo-o já), mas para um bom entendedor meia palavra sempre bastou e, no meu entendimento, a forma como se redigem e estabelecem as coisas diz imenso a respeito das intencionalidades de quem as profere. O simples facto de terem colocado a palavra Crime entre aspas (os factos e tudo aquilo que é dado como adquirido não se escreve em forma de citação ou de "demarcação", muito menos quando estamos a falar de Lei, pois caso contrário dá a entender que é uma ideia avulsa) demonstra bem a existência de má fé e uma clara tentativa de desresponsabilização de uma condutora criminosa (o que não é inédito em Portugal, porque, em qualquer notícia sobre sinistros rodoviários, a imprensa faz toda a «questão» de fazer imediatamente a presunção de «inocência» de criminosos ao volante, mesmo contra factos de extrema relevância quer legal, quer científica, quer de matéria de condução e das circunstâncias da mesma).
    Já dizia o diabo que, e digo-o sempre, de boas intenções está o inferno cheio e é boa verdade...

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  3. Há uma grande tolerância da nossa sociedade para com o abuso de álcool, pelo que este género de crimes é considerado como um "acidente".

    Há uns anos, uma senhora idosa que eu conhecia, foi atropelada por um jipe na aldeia em que morada, vindo a falecer no hospital alguns dias depois em consequência dos ferimentos.

    Desta vez, como não houve testemunhas, o indivíduo acusou a vítima de ter "saltado (!!!) para a frente do jipe".

    Pois bem. Não só nada lhe aconteceu (e já tinha, no seu historial, outra morte semelhante!), como se fez representar no funeral!
    Nesse dia, eu estava nessa aldeia e ouvi comentários desculpando o condutor:
    «Pois, coitado, estas coisas só não acontecem a quem não conduz...»

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    1. Realmente meu caro, um testemunho do quão repugnante se tornou o país nesta matéria....

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  4. O grande e grave problema é que os atropelamentos mortais, como o deste jovem, atingem quer jovens, quer idosos, ou seja, tudo o que tem pernas para mexer e andar na via pública, mesmo que os criminosos não se encontrem alcoolizados! DExcesso de velocidade, télélé na orelha e a conduzir, passagemn de sinais vermelhos, passadeiras sem abrandarem, etc., etc., etc.. Já há muito que cheguei a uma conclusão sobre esta matéria: Portugal tornou-se numa autêntica selva habitada por uma certa espécie macacóide que apenas aprendeu a colocar a chave na ignição, engatar mudanças e carregar no acelerador!

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