Ele não autorizou, simplesmente limitou-se a não mudar a situação. O IST está assim há anos e anos, e este presidente tomou posse apenas em Fevereiro, se não estou em erro. Porque não tentar outra vez apresentar as cartas no blogue http://estacionamentoist.blogspot.de/ à direcção?
Andei no IST entre 1964 e 1970, e é com pena que constato que, agora, não há um cantinho que escape ao rei-automóvel (*). Mas, ao que parece, a rapaziada parece dar-se muito bem com aquilo, até porque já é assim há muitos anos.
Repare-se na nota de "engraçadismo" que é dada pelos sinais de trânsito - onde os peões são representados como meninos de escola... -- (*) Para já não falar das 2 gigantescas torres cúbicas, feitas ilegalmente, e devido às quais o edifício deixou de ser considerado "classificado". Primeiro fizeram uma, que João Soares (então presidente da CML) não conseguiu embargar. Depois a 2ª foi autorizada... por razões de simetria!
Repare-se como havia a possibilidade de terem feito os lugares de estacionamento sem invadirem os passeios («Poder, podiam, mas não era a mesma coisa»).
As torres cúbicas nasceram ilegalmente no tempo de Diamantino Durão que, por curiosidade, havia sido ministro...
Mas podemos ver o problema em conjunto (em termos da monumentalidade da zona): Refiro-me à desfiguração e descaracterização de toda a Alameda D. Afonso Henriques, tal como foi concebida por Duarte Pacheco, pois do lado nascente também a Fonte Luminosa tem, por trás, um par de gigantescos prédios de pato-bravo, ali enfiados à martelada pelas artes mágicas do costume.
Num dos quarteirões de prédios a sudeste pode ver-se, também, um outro trambolho, com o seu topo bem acima do alinhamento das outras casas todas. O ar natural com que tudo isto é encarado (nomeadamente pelos prejudicados) é que é preocupante.
Está a ser construído um parque de estacionamento subterrâneo na saída traseira do IST (que dá para a João Crisóstomo). Será privado mas penso que o IST irá libertar alguns dos lugares para permitir uma maior mobilidade pedonal espero eu. Talvez seja possível libertar alguns desses passeios ... mas que realmente não é mt saudável não é!
O parque do IST (onde estas fotos foram tiradas) também tem a indicação PRIVADO (dos 2 lados por onde se lhe pode aceder).
Ora, se este é gratuito e o que está a ser construído na Rua Alves Redol será pago (e não poderá ser de outra forma), a resposta ao comentário anterior está dada antecipadamente.
Esta situação não me choca, desde que seja respeitada a «orientação» da «prioridade ao peão». Mas não basta estar lá essa indicação, é necessário que os automobilista tenham bem presente que toda essa área é como se fosse um «passeio» e se for um grupo de pessoas a andar calmamente no meio da estrada o automobilista tem de ir em marcha lenta atrás deles, mas isso só se consegue com «orientações» físicas, nomeadamente com inibidores de velocidade (lombas). Bom trabalho na Praça das Flores
Andei no IST entre 1988 e 1992. Já nessa altura era assim. Muitos dos carros estacionados dentro do IST são de funcionários e docentes. O número de viaturas que tem acesso ao recinto é controlado. A situação não é nova mas não tem solução fácil.
O problema é que o parque do IST não é pago (até um dia destes!!!...) e professores, funcionarios e alguns alunos não prescindem de levar o carro até perto da secretária ou da sala de aulas. O IST está rodeado de vários acessos a transportes publicos, duas saidas/entradas de Metro (linha amarela e linha vermelha) e de várias carreiras da Carris. Só não anda de transportes publicos quem não quer e se assim fosse, o parque do IST poderia estar mais desempedido. Quiça as mentalidades mudem...
Só tem sentido falar em "prioridades" quando há entidades diferentes a ocupar (ou disputar) o mesmo espaço. Ora, neste caso, há espaços que foram previstos para uso dos peões (os passeios) e espaços para os carros (as faixas de rodagem). Além do mais, e como se vê nas imagens, as "ruas" dispõem de espaço para um estacionamento "normal".
Tenho que concordar com o JC. Neste caso muito particular em que existe prioridade ao peão os passeios deixam de existir. São um vestígio histórico que a crise financeira não permite eliminar. Estes passeios nunca foram nem nunca serão utilizados pelos peões.
Agora que o IST tem excesso de carros dentro dos seus muros é inegável. O IST é uma lixeira a céu aberto.
Há pessoal que exagera nos comentários: "O IST é uma lixeira a céu aberto". Não é verdade e é injusto que se façam este tipo de comentários. Talvez seja uma lixeira nos dias a seguir aos arraiais que os alunos fazem, e que se calhar são alguns dos que aqui estão a criticar a falta de espaço nos passeios. E não deixa de ser curioso que, assim que chegam ao 5º ano ou a pós-graduações, todos passam a trazer o carro para o IST. Também não percebo o problema das Torres... Porque é que não se haveriam de construir? O IST não pode crescer para os lados nem para a frente ou para trás... Mentalidades conservadoristas... Há completas aberrações arquitectónicas nesta cidade mas não me parece ser o caso das Torres... Isto dizer mal e criticar é fácil... O que não se vê são críticas construtivas... É um dos problemas deste país...
Tb me parece que a expressão «lixeira» não terá sido muito feliz, Eventualmente «sucata», ou até «stande de automóveis» seria mais apropriado. E também concordo com há por vezes um excesso de radicalismo por aqui e este poste é um caso desses visto que, ignorando-se o factor estético (ninguém gosta de ver um campus cheio de carros), ninguém poderá honestamente declarar que ali se impede os peões de «andar a pé».
Outra marca muito característica de um determinado extremismo que impede de ver o cenário geral espelha-se na quantidade de vezes que se critica de uma forma generalizada a actuação das autoridades, quando eles por vezes têm muito boa vontade, como já houve aqui testemunhos de funcionários da EMEL; eles, por e simplesmente, não conseguem estar em todo o lado (acredito que a EMEL segue um qualquer planeamento e não têm meios para (nem de perto) cobrir tudo).
No fundo o problema do estacionamento selvagem é uma questão política e sem cura aparente, podem fazer-se pequenos paliativos, mas as pessoas têm carros, precisam deles e têm de os deixar em algum lado. Nem toda gente mora ao lado do metro e os transportes públicos na generalidade são caros, insuficientes e de má qualidade.
O que falta, e ai sim entra este gênero de movimento, é uma sensibilização para a cidadania no estacionamento, alertar as pessoas para as vezes em que se prejudicam os peões por preguiça, egoísmos ou forretice. Já para não falar nas situações de pura burrice.
João, e alunos, como eu conheço, que levaram com o retrovisor duma carrinha na nuca, porque estavam a andar a pé no interior do campus, mas a carrinha tinha que passar?
A afirmação que as pessoas precisam dos carros, também discordo, pode haver quem precise, mas muitas das vezes não é verdade. Maior parte das vezes é comodismo. Os transportes públicos não são mais caros que ter e manter um carro. E a sua má qualidade é discutível, muitas vezes é exagerada. Esta mentalidade é também grande parte do problema.
A EMEL não precisa de muitos recursos. Precisa de autoridade para bloquear todos os carros com a rodela amarela durante vários dias consecutivos. Problema resolvido. Mudar de rua. Quem não conhece pelo menos um exemplo bem sucedido?
@JC Sim, andar lentamente numa estrada ou empedrado como se fosse um passeio. De costas para o automóvel e, pasme-se, confiar que o automobilista tem o discernimento, bom senso, sentido de respeito pelo próximo e compreensão necessária para seguir em marcha lenta, dado que se encontra numa área de prioridade ao peão.
Já alguém mandou isto para o Presidente do IST?
ResponderEliminarPara quê? Foi ele quem autorizou para fazer a vontade aos meninos mimados.
ResponderEliminarEle não autorizou, simplesmente limitou-se a não mudar a situação. O IST está assim há anos e anos, e este presidente tomou posse apenas em Fevereiro, se não estou em erro. Porque não tentar outra vez apresentar as cartas no blogue http://estacionamentoist.blogspot.de/ à direcção?
EliminarÁgua mole em pedra dura...
A verdade é que os alunos do IST não estão autorizados a estacionar no parque durante os dias úteis.
EliminarAndei no IST entre 1964 e 1970, e é com pena que constato que, agora, não há um cantinho que escape ao rei-automóvel (*).
ResponderEliminarMas, ao que parece, a rapaziada parece dar-se muito bem com aquilo, até porque já é assim há muitos anos.
Repare-se na nota de "engraçadismo" que é dada pelos sinais de trânsito - onde os peões são representados como meninos de escola...
--
(*) Para já não falar das 2 gigantescas torres cúbicas, feitas ilegalmente, e devido às quais o edifício deixou de ser considerado "classificado". Primeiro fizeram uma, que João Soares (então presidente da CML) não conseguiu embargar. Depois a 2ª foi autorizada... por razões de simetria!
Repare-se como havia a possibilidade de terem feito os lugares de estacionamento sem invadirem os passeios («Poder, podiam, mas não era a mesma coisa»).
ResponderEliminarAs torres cúbicas nasceram ilegalmente no tempo de Diamantino Durão que, por curiosidade, havia sido ministro...
ResponderEliminarMas podemos ver o problema em conjunto (em termos da monumentalidade da zona):
Refiro-me à desfiguração e descaracterização de toda a Alameda D. Afonso Henriques, tal como foi concebida por Duarte Pacheco, pois do lado nascente também a Fonte Luminosa tem, por trás, um par de gigantescos prédios de pato-bravo, ali enfiados à martelada pelas artes mágicas do costume.
Num dos quarteirões de prédios a sudeste pode ver-se, também, um outro trambolho, com o seu topo bem acima do alinhamento das outras casas todas.
O ar natural com que tudo isto é encarado (nomeadamente pelos prejudicados) é que é preocupante.
Está a ser construído um parque de estacionamento subterrâneo na saída traseira do IST (que dá para a João Crisóstomo). Será privado mas penso que o IST irá libertar alguns dos lugares para permitir uma maior mobilidade pedonal espero eu.
ResponderEliminarTalvez seja possível libertar alguns desses passeios ... mas que realmente não é mt saudável não é!
O parque do IST (onde estas fotos foram tiradas) também tem a indicação PRIVADO (dos 2 lados por onde se lhe pode aceder).
ResponderEliminarOra, se este é gratuito e o que está a ser construído na Rua Alves Redol será pago (e não poderá ser de outra forma), a resposta ao comentário anterior está dada antecipadamente.
Esta situação não me choca, desde que seja respeitada a «orientação» da «prioridade ao peão».
ResponderEliminarMas não basta estar lá essa indicação, é necessário que os automobilista tenham bem presente que toda essa área é como se fosse um «passeio» e se for um grupo de pessoas a andar calmamente no meio da estrada o automobilista tem de ir em marcha lenta atrás deles, mas isso só se consegue com «orientações» físicas, nomeadamente com inibidores de velocidade (lombas).
Bom trabalho na Praça das Flores
Andei no IST entre 1988 e 1992. Já nessa altura era assim. Muitos dos carros estacionados dentro do IST são de funcionários e docentes. O número de viaturas que tem acesso ao recinto é controlado. A situação não é nova mas não tem solução fácil.
ResponderEliminarO problema é que o parque do IST não é pago (até um dia destes!!!...) e professores, funcionarios e alguns alunos não prescindem de levar o carro até perto da secretária ou da sala de aulas. O IST está rodeado de vários acessos a transportes publicos, duas saidas/entradas de Metro (linha amarela e linha vermelha) e de várias carreiras da Carris. Só não anda de transportes publicos quem não quer e se assim fosse, o parque do IST poderia estar mais desempedido. Quiça as mentalidades mudem...
ResponderEliminarSó tem sentido falar em "prioridades" quando há entidades diferentes a ocupar (ou disputar) o mesmo espaço.
ResponderEliminarOra, neste caso, há espaços que foram previstos para uso dos peões (os passeios) e espaços para os carros (as faixas de rodagem).
Além do mais, e como se vê nas imagens, as "ruas" dispõem de espaço para um estacionamento "normal".
Tenho que concordar com o JC. Neste caso muito particular em que existe prioridade ao peão os passeios deixam de existir. São um vestígio histórico que a crise financeira não permite eliminar. Estes passeios nunca foram nem nunca serão utilizados pelos peões.
ResponderEliminarAgora que o IST tem excesso de carros dentro dos seus muros é inegável. O IST é uma lixeira a céu aberto.
É comparar com o que acontece quando há coragem:
http://www.passeiolivre.org/2009/12/universidades.html
MA
Há pessoal que exagera nos comentários: "O IST é uma lixeira a céu aberto". Não é verdade e é injusto que se façam este tipo de comentários. Talvez seja uma lixeira nos dias a seguir aos arraiais que os alunos fazem, e que se calhar são alguns dos que aqui estão a criticar a falta de espaço nos passeios. E não deixa de ser curioso que, assim que chegam ao 5º ano ou a pós-graduações, todos passam a trazer o carro para o IST.
ResponderEliminarTambém não percebo o problema das Torres... Porque é que não se haveriam de construir? O IST não pode crescer para os lados nem para a frente ou para trás... Mentalidades conservadoristas... Há completas aberrações arquitectónicas nesta cidade mas não me parece ser o caso das Torres... Isto dizer mal e criticar é fácil... O que não se vê são críticas construtivas... É um dos problemas deste país...
Tb me parece que a expressão «lixeira» não terá sido muito feliz, Eventualmente «sucata», ou até «stande de automóveis» seria mais apropriado.
ResponderEliminarE também concordo com há por vezes um excesso de radicalismo por aqui e este poste é um caso desses visto que, ignorando-se o factor estético (ninguém gosta de ver um campus cheio de carros), ninguém poderá honestamente declarar que ali se impede os peões de «andar a pé».
Outra marca muito característica de um determinado extremismo que impede de ver o cenário geral espelha-se na quantidade de vezes que se critica de uma forma generalizada a actuação das autoridades, quando eles por vezes têm muito boa vontade, como já houve aqui testemunhos de funcionários da EMEL; eles, por e simplesmente, não conseguem estar em todo o lado (acredito que a EMEL segue um qualquer planeamento e não têm meios para (nem de perto) cobrir tudo).
No fundo o problema do estacionamento selvagem é uma questão política e sem cura aparente, podem fazer-se pequenos paliativos, mas as pessoas têm carros, precisam deles e têm de os deixar em algum lado.
Nem toda gente mora ao lado do metro e os transportes públicos na generalidade são caros, insuficientes e de má qualidade.
O que falta, e ai sim entra este gênero de movimento, é uma sensibilização para a cidadania no estacionamento, alertar as pessoas para as vezes em que se prejudicam os peões por preguiça, egoísmos ou forretice. Já para não falar nas situações de pura burrice.
João, e alunos, como eu conheço, que levaram com o retrovisor duma carrinha na nuca, porque estavam a andar a pé no interior do campus, mas a carrinha tinha que passar?
ResponderEliminarA afirmação que as pessoas precisam dos carros, também discordo, pode haver quem precise, mas muitas das vezes não é verdade. Maior parte das vezes é comodismo. Os transportes públicos não são mais caros que ter e manter um carro. E a sua má qualidade é discutível, muitas vezes é exagerada.
Esta mentalidade é também grande parte do problema.
A EMEL não precisa de muitos recursos. Precisa de autoridade para bloquear todos os carros com a rodela amarela durante vários dias consecutivos. Problema resolvido. Mudar de rua. Quem não conhece pelo menos um exemplo bem sucedido?
ResponderEliminar@JC
ResponderEliminarSim, andar lentamente numa estrada ou empedrado como se fosse um passeio. De costas para o automóvel e, pasme-se, confiar que o automobilista tem o discernimento, bom senso, sentido de respeito pelo próximo e compreensão necessária para seguir em marcha lenta, dado que se encontra numa área de prioridade ao peão.