Esta realidade é nada menos que vergonhosa, e mostra a distância que vai entre as nossas palavras (o orgulho num monumento simbólico do nosso apogeu histórico) e a realidade. Há cerca de um ano, numa reunião descentralizada da CML, insurgi-me contra esta realidade, tendo os vereadores reconhecido que tinha razão. Aqui, sem dúvida, o problema é a falta de maturidade social de quem usa aquele espaço. Depois a autarquia tem medo de perder votos com a alteração/beneficiação do espaço.
A propósito, foi muito interessante a polémica à volta do novo Museu dos Coches: "Não há estacionamento! Como é que as pessoas vão chegar ao museu?" Se não estou em erro, as queixas resultaram na previsão de construção de um silo automóvel do lado de lá da linha de comboio (perto do rio) com uma ligação por passadeira aérea. Talvez a crise nos safe dessa. Não são só inconvenientes.
Eu tenho uma opinião radicalmente diferente: acho que esta lata toda faz um lindo conjunto com esse mosteiro ou lá o que é. Acho incrível como é que ainda ninguém se lembrou de pedir à UNESCO para incluir na classificação de Património da Humanidade o típico monte de lata ao lado do mosteiro (ou lá o que é). Com a grande vantagem de que ao mesmo tempo mostrávamos que somos ricos. Quer dizer, mais ou menos. Vá, ricos com um pé na bancarrota, pronto.
A troika não viu o potencial desta área de negócio... o das multas, depois de agilizado e simplificado o processo burocrático, claro, porque agora ficam retidas num monte de papel algures.
Quando se fala da sucessão de José Sócrates, vem sempre à baila o nome de António Costa. Sabe-se que, actualmente, ele "não está na corrida", mas diz-se que se prepara para "voos mais altos". Ora eu acho que ele já "voa demasiado alto" - a avaliar pela distância que exibe em relação a problemas como o estacionamento em Lisboa.
Assim (e mesmo dando de barato que a memória dos povos é curta), será bom que os portugueses saibam (e se lembrem) destas coisas se um dia ele lhes aparecer pela frente como candidato, p. ex., a primeiro-ministro.
Ainda não há muito tempo, toda a área circundante ao Mosteiro dos Jerónimos encontrava-se em situação de proibição de estacionamento, o que fazia daquela área um local livre de latas e de poluição. Não sei quem foi o "artista" que revogou essa proibição...
Coloco-me na pele de um turista estrangeiro que, de passagem pelo Mosteiro e pretendendo tirar fotografias ao mesmo, se perguntará como será isso possivel com toda a paisagem conspurcada por tanto estacionamento em infracção da lei.
Lá estão vocês. E não fica muito mais bonita a fotografia com esta lata toda? A lata praticamente já faz parte do mosteiro. Eu não me lembro de ter conseguido ver uma única vez este mosteiro sem carros a embelezar o cenário monumental.
Aliás, penso que não é possível fotografar um único monumento em Portugal sem aparecerem uns quantos carros à frente. Acho que é para os estrangeiros pensarem que somos ricos...
Os carros à frente do mosteiro é para mostrar aos estrangeiros que somos um povo muito culto. Eles chegam lá e dizem: "Olha a quantidade de pessoas que vêm ao mosteiro num dia de semana. Que povo interessante, sempre a cultivar-se".
Note-se que eles dizem isto no idioma deles, e não em português... só para esclarecer...
@ Joana 29/6/2011 | 12:41: «Eu não me lembro de ter conseguido ver uma única vez este mosteiro sem carros a embelezar o cenário monumental.» Repare no meu comentário acima e +penso que não foi assim há tanto tempo como isso. Sinceramente não posso precisar mas eu morei a dois passos dali durante muitos anos e para dar uma ideia, esta situação de estacionamento proibido em toda a zona circundante do Mosteiro dos Jerónimos deve ter acontecido durante os últimos 10 anos.
Ainda falta uma foto à entrada do CCB com a passadeira de peões cheia de lata para compor o ramalhete. Tenho ido de vez em quando à Pr. do Império dar uma passeata e não me lembro de ver um caos tão bem organizado como este das fotos.
Ah, é verdade! Onde pára a policia? Deve andar atrás dos larápios explosivos dos multibancos!
Uma vez dei a dica ao policia que estava em amena cavaqueira com os motoristas dos autocarros. Resposta: O senhor deve cumprir sempre com o código...A esquadra fica ali (apontando para a esquadra de Belém...) O que dizer mais?
Alien3065, sim, mas há uma diferença entre o estacionamento ser proibido e ele existir de facto. Admito que quem more ali ao lado tenha tido algumas oportunidades de olhar para o mosteiro sem lata à vista. Eu morei em Lisboa até 2010, gosto de tirar fotografias e, embora tenha tentado várias vezes, nunca consegui tirar uma fotografia decente ao mosteiro sem aparecerem carros estacionados (legal ou ilegalmente).
Anónimo 29 de Junho de 2011 22:41, da próxima vez que contactar um polícia não se esqueça de levar consigo algo para gravar a conversa. Se lhe disser o que fez, vai ver a carinha de pânico do bicho.
E do outro lado da linha do comboio temos as auto caravanas
ResponderEliminarEsta realidade é nada menos que vergonhosa, e mostra a distância que vai entre as nossas palavras (o orgulho num monumento simbólico do nosso apogeu histórico) e a realidade. Há cerca de um ano, numa reunião descentralizada da CML, insurgi-me contra esta realidade, tendo os vereadores reconhecido que tinha razão. Aqui, sem dúvida, o problema é a falta de maturidade social de quem usa aquele espaço. Depois a autarquia tem medo de perder votos com a alteração/beneficiação do espaço.
ResponderEliminarA propósito, foi muito interessante a polémica à volta do novo Museu dos Coches: "Não há estacionamento! Como é que as pessoas vão chegar ao museu?" Se não estou em erro, as queixas resultaram na previsão de construção de um silo automóvel do lado de lá da linha de comboio (perto do rio) com uma ligação por passadeira aérea. Talvez a crise nos safe dessa. Não são só inconvenientes.
Aí, terceiro mundo!....
ResponderEliminarEu tenho uma opinião radicalmente diferente: acho que esta lata toda faz um lindo conjunto com esse mosteiro ou lá o que é. Acho incrível como é que ainda ninguém se lembrou de pedir à UNESCO para incluir na classificação de Património da Humanidade o típico monte de lata ao lado do mosteiro (ou lá o que é). Com a grande vantagem de que ao mesmo tempo mostrávamos que somos ricos. Quer dizer, mais ou menos. Vá, ricos com um pé na bancarrota, pronto.
ResponderEliminarA troika não viu o potencial desta área de negócio... o das multas, depois de agilizado e simplificado o processo burocrático, claro, porque agora ficam retidas num monte de papel algures.
ResponderEliminarQuando se fala da sucessão de José Sócrates, vem sempre à baila o nome de António Costa.
ResponderEliminarSabe-se que, actualmente, ele "não está na corrida", mas diz-se que se prepara para "voos mais altos".
Ora eu acho que ele já "voa demasiado alto" - a avaliar pela distância que exibe em relação a problemas como o estacionamento em Lisboa.
Assim (e mesmo dando de barato que a memória dos povos é curta), será bom que os portugueses saibam (e se lembrem) destas coisas se um dia ele lhes aparecer pela frente como candidato, p. ex., a primeiro-ministro.
Ainda não há muito tempo, toda a área circundante ao Mosteiro dos Jerónimos encontrava-se em situação de proibição de estacionamento, o que fazia daquela área um local livre de latas e de poluição. Não sei quem foi o "artista" que revogou essa proibição...
ResponderEliminarColoco-me na pele de um turista estrangeiro que, de passagem pelo Mosteiro e pretendendo tirar fotografias ao mesmo, se perguntará como será isso possivel com toda a paisagem conspurcada por tanto estacionamento em infracção da lei.
ResponderEliminarLá estão vocês. E não fica muito mais bonita a fotografia com esta lata toda? A lata praticamente já faz parte do mosteiro. Eu não me lembro de ter conseguido ver uma única vez este mosteiro sem carros a embelezar o cenário monumental.
ResponderEliminarAliás, penso que não é possível fotografar um único monumento em Portugal sem aparecerem uns quantos carros à frente. Acho que é para os estrangeiros pensarem que somos ricos...
ResponderEliminarOs carros à frente do mosteiro é para mostrar aos estrangeiros que somos um povo muito culto. Eles chegam lá e dizem: "Olha a quantidade de pessoas que vêm ao mosteiro num dia de semana. Que povo interessante, sempre a cultivar-se".
ResponderEliminarNote-se que eles dizem isto no idioma deles, e não em português... só para esclarecer...
@ Joana 29/6/2011 | 12:41: «Eu não me lembro de ter conseguido ver uma única vez este mosteiro sem carros a embelezar o cenário monumental.» Repare no meu comentário acima e +penso que não foi assim há tanto tempo como isso. Sinceramente não posso precisar mas eu morei a dois passos dali durante muitos anos e para dar uma ideia, esta situação de estacionamento proibido em toda a zona circundante do Mosteiro dos Jerónimos deve ter acontecido durante os últimos 10 anos.
ResponderEliminarAinda falta uma foto à entrada do CCB com a passadeira de peões cheia de lata para compor o ramalhete. Tenho ido de vez em quando à Pr. do Império dar uma passeata e não me lembro de ver um caos tão bem organizado como este das fotos.
ResponderEliminarAh, é verdade! Onde pára a policia?
Deve andar atrás dos larápios explosivos dos multibancos!
Paciência, é o que cá temos!
LC
Uma vez dei a dica ao policia que estava em amena cavaqueira com os motoristas dos autocarros.
ResponderEliminarResposta: O senhor deve cumprir sempre com o código...A esquadra fica ali (apontando para a esquadra de Belém...)
O que dizer mais?
Alien3065, sim, mas há uma diferença entre o estacionamento ser proibido e ele existir de facto. Admito que quem more ali ao lado tenha tido algumas oportunidades de olhar para o mosteiro sem lata à vista. Eu morei em Lisboa até 2010, gosto de tirar fotografias e, embora tenha tentado várias vezes, nunca consegui tirar uma fotografia decente ao mosteiro sem aparecerem carros estacionados (legal ou ilegalmente).
ResponderEliminarAnónimo 29 de Junho de 2011 22:41, da próxima vez que contactar um polícia não se esqueça de levar consigo algo para gravar a conversa. Se lhe disser o que fez, vai ver a carinha de pânico do bicho.
ResponderEliminarAnónimo das 22:41, da próxima vez, peça o número mecanográfico ao policia... vai ver que ele muda de atitude.
ResponderEliminarPois da próxima vai ser assim. Mas um gajo também se acagaça e fica calado.
ResponderEliminarPedir o nº mecanográfico não serve de nada sem testemunhas. A palavra dele, garanto-lhe por experiência própria, é suficiente. Registe a conversa.
ResponderEliminarAtenção que «gravar uma conversa» sem autorização é crime em Portugal (não é como nos filmes). Só é possível com autorização judicial.
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