Uma grande parte dos passeios da freguesia da Sé não têm largura suficiente para a circulação pedonal (basta pensar na Travessa de Santo António da Sé com passeios de 20cm!); muitos outros, apesar da largura mínima para permitir a circulação dos peões, estão quase sempre indevidamente ocupados por carros e/ou caixotes do lixo - como podem ver pelas imagens da Rua da Padaria.
Como é possível atrair novos residentes, famílias jovens como a minha com bébés, se os passeios dos arruamentos são tratados assim? É um desespero descer/subir com um carrinho de bébé a Rua da Padaria! São caixotes do lixo, espelhos retrovisores a dificultar a passagem com carrinhos de bébé ou sacos de compras, são sacos de lixo, móveis abandonados, etc. Por onde devo circular? No meio da faixa de rodagem? E quando chegamos à Rua dos Bacalhoeiros é outra cruz! Não era suposto existir ali uma rua pedonal? Mas o que vemos? Passeios minusculos e estacionamento em segunda e até terceira fila!
Alguns dos arruamentos da Sé deviam ter apenas serventia pedonal. Noutros casos já se deviam ter suprimido lugares de estacionamento para criar passeios que cumprem com a largura mínima de lei.
Com os melhores cumprimentos,
MJ
Dizem que existe crise em Portugal. Dizem que estamos todos à rasca. Dizem que isto já não aguenta por muito mais tempo. Mas eu constato, por meio de observação, que cada vez existem mais carros (novos, com matrículas recentes), conduzidos por gente muito jovem e sem acompanhantes, ou seja, estava ontem numa paragem da Carris e contei cerca de 15 viaturas seguidas (entretanto chegou a minha carreira e não deu para mais) com rapazes/raparigas muito jovens, sozinhos dentro das mesmas! Em crise e à rasca ando eu que tenho de esticar os cents bem esticadinhos para que cheguem para todos os dias do mês! Por isso, o estacionamento será cada vez mais insuportável porque não existem estruturas capazes de absorverem tanta lata em circulação! E vai daí, toca de estacionar em cima de tudo o que não é permitido pelo Código da Estrada (com a complacência da polícia), desde que exista um buraco para tal. Idosos, cadeirinhas de bebés, crianças, cadeiras de rodas, sacos de compras, dificuldades motoras, bloqueio de portas de prédios, em cima de passadeiras, de paragens de transportes públicos, contentores do lixo (que deveriam estar nos passeios depois das 21:00 horas mas que ali permanecem 24 horas)... mas isso é alguma coisa válida para esta gente que abanca nos lugares destinados aos peões ou que se está pura e simplesmente marimbando para os outros?
ResponderEliminarVeajm este post aqui: http://menos1carro.blogs.sapo.pt/242084.html. O inquerito que e' la' referido tambem pergunta a opiniao das pessoas sobre as razoes para a diminuicao das deslocacoes a pe' em Lisboa. Eu ja' respondi, mencionando que entre carros, publicidade, caixotes do lizxo, etc., andar a pe' em Lisboa e' uma luta constante. Fica o apelo: respondam ao inquerito! :-)
ResponderEliminarO problema do trânsito (em geral) e dos peões (em particular) deriva de opções politicas de quem nos governa (autarcas e governo). Para ser devidamente enfrentado precisará, pois, de uma resposta - também - política.
ResponderEliminarSerá necessário fazer muito mais do que escrever desabafos em blogues ou enviar "cartas ao Director".
Será necessário fazer petições com grande impacto, executar algumas acções de rua (que, pela sua espectacularidade, atraiam a Comunicação Social), e obrigar os partidos (aquando das eleições) a pronunciarem-se sobre o tema.
Se não dermos esse passo, estaremos condenados a esta actividade de desabafos, que pode ser agradável para a "psique" mas, na prática, não resolve o problema de fundo que tem a ver com as opções políticas - tomadas pelos políticos - face aos problemas da mobilidade.
@Carlos, concordo consigo. Uma ideia para accao de rua: um grupo de cerca de 15 pessoas, preferencialmente com algum musculo, que pega num carro estacionado em cima do passeio e o coloca no meio da estrada. Nao sei se vai de encontro ao seu criterio de espectacularidade, mas ja era um comeco. ;-)
ResponderEliminarEu já tinha sugerido ações de colagem massiva de autocolantes em zonas criticas, repetidamente ao longo de vários dias, mas ninguém se pronunciou. Continuamos a reclamar, mas nada é feito...
ResponderEliminarConcordo inteiramente com o comentário do Carlos mas, para grandes males grandes remédios, e aí estou do lado da Catarina.
ResponderEliminarConvenceram-nos durante anos e anos, que somos um povo calmo e ordeiro, e isso tem feito de nós uma povo acomodado, anestesiado e, não tenhamos medo das palavras, acobardado!
Enquanto não passarmos das palavras à acção, continuaremos eternamente a choramingar e a lamuriar a nossa triste sina.
Veja-se o que aconteceu na Tunísia e no Egipto! Se aquele povo continuasse a lamentar-se pelos cafés ou em blogues, hoje tudo continuaria na mesma. Tiveram a coragem de vir para a rua e de iniciar uma revolução sem se preocuparem se tal atitude seria de bom tom ou se seriam vistos como revolucionários, como vândalos ou fosse lá o que fosse que povos cobardemente acomodados como nós, lhes quisessem chamar. O facto é que resultou e correram com os ditadores que os espezinhavam.
Isto quer dizer que, para que uma acção tenha algum impacto, é necessário que incomode, que chateie, que prejudique (se for necessário) e que não se fique pelas meias-tintas de uns quantos desabafos em blogues ou entre amigos, à mesa do café.
No mês passado, tentei incentivar os responsáveis pelo PL, a desenvolver acções de rua ou a contactar os meios de comunicação (principalmente a televisão) para lançar campanhas de alerta contra essa praga do estacionamento sobre os passeios mas, tal como referi no final desse alerta, parece que os responsáveis por este blogue também já se desligaram dos seus ideais (nem resposta me deram).
Pelos vistos, por aqui já não vamos lá, porque nada mais há a acrescentar ao muito que aqui tem sido dito e mostrado. O efeito deste blogue parou no tempo. Foi útil para alertar algumas consciências mas, se ficarmos apenas pelos queixumes aqui debitados, estaremos a malhar em ferro frio.
Os selvagens que nos acusam de vândalos apenas porque colamos um papel no vidro do carro, estão é muito mal habituados e precisam urgentemente de acções mais drásticas, e aqui só há duas coisas a fazer: ou tornamo-nos iguais a eles e justificamos o apelido de "vândalos" riscando-lhes os carros cada vez que estejam estacionados sobre os passeios ou mobilizamos outros meios (manifestações de rua, campanhas na televisão, cartas à Assembleia da República, etc.) para que haja alguém que ponha os pés à parede e resolva, de uma vez por todas, este problema.
Por isso concordo com a ideia da Catarina, mas sabendo nós que este povo só se mexe, só berra, só levanta o cu do sofá se se tratar de futebol, dificilmente conseguiríamos pôr em prática a ideia proposta por ela.
Resta-nos pois, o recurso a outras acções que contem principalmente com a participação de jornais ou da televisão. Talvez uma petição como a que o Correio da Manhã tem estado a lançar contra a Corrupção!
Pode ser que resulte, mas entretanto seria bom criar nas escolas, um programa de educação cívica que abordasse este tema e que educasse os nossos jovens, para que não agissem na sua fase de adultos, como estes selvagens que se julgam donos e senhores de qualquer espaço livre sobre os passeios.
@Faisca, gostei do teu raciocinio, mas as tuas conclusoes sao no minimo surpreendentes: uma peticao e um programa de educacao civica?! Perante a gravidade do problema do estacionamento em cima dos passeios, nao e' com falinhas mansas que vamos la'... acredita, pois ha pouco tempo fui ameacada por ter levantado uma escovinha do para-brisas de um carro mal estacionado (continuo 'a espera de autocolantes do PL...), tudo porque o idiota do dono achou que eu ao levantar a escova com ele la' dentro era a mesma pessoa que lhe tinha furado os pneus uns dias antes. Valeu-me o meu namorado estar la'. Eu nao estou disposta a ser mal-tratada quando tento fazer valer os meus direitos, acho que temos que nos deixar de armar em "educadores das massas", e passar a accoes mais directas.
ResponderEliminarCatarina, eu percebo a tua surpresa mas acho que não leste bem o que eu disse no comentário anterior (assim como em muitos outros aqui no PL). Eu não sou adepto das "falinhas mansas", porque já está mais que visto que dessa maneira não vamos a lado algum.
ResponderEliminarJunto dos adultos que hoje conduzem, já nada haverá a fazer, na medida em que foram criados numa cultura que lhes ensinou que, quem tem um automóvel, é rei e senhor da estrada e de todos os espaços adjacentes, mas as novas gerações poderão ser educadas de maneira diferente.
Repara no que se passa com o lixo nas ruas: quando eu era miúdo, era normalíssimo atirarmos papeis, maços de cigarros, cascas de fruta, etc. para o chão. Ainda hoje, muitos adultos o fazem, sem qualquer problema!
No entanto, as nossas crianças já foram educadas de outra forma e hoje são elas que corrigem os pais quando os vêem a praticar acções dessas.
Se nada fizermos em termos de educação, daqui a uns 15 ou 20 anos, as crianças de hoje serão os condutores de amanhã e continuaremos a discutir em blogues como este, o problema do estacionamento sobre os passeios, mas se implementarmos programas de educação cívica nas escolas primárias, teremos certamente nas próximas décadas, pessoas mais educadas, mais cultas e mais atentas aos problemas de mobilidade dos peões.
Por isso é que eu disse que devíamos tomar essas duas posições: atitudes mais duras e de grande impacto contra o vandalismo dos automobilistas, e atitudes de educação cívica para ensinar as nossas crianças a serem melhores cidadãos e a se preocuparem também com os problemas alheios.
Lê bem o que eu disse e vê que, só no final é que eu falo num programa de educação juvenil. Todo o resto é dedicado ao incentivo de acções mais duras, pois caso contrário, nunca passaremos disto: queixinhas, lamentos e respostas aos atrasados mentais que aqui vêem defender as suas atitudes selvagens.
Muitos dos que se dizem grandes defensores dos direitos dos peões apenas se mexem se virem nisso alguma possibilidade de protagonismo, nomeadamente nos media.
ResponderEliminarOra aí está uma coisa que podemos e devemos aproveitar!
ResponderEliminarJá que eles tanto desejam esse protagonismo nos jornais e principalmente na televisão, então aproveitemos essa sua sede de protagonismo para conseguirmos que se mexam e que façam alguma coisa!
Há fins que justificam os meios e este é um deles!
@Faisca, tens razao, as minhas desculpas pela minha precipitacao. Concordo com a tua ideia de aproveitar caras mais conhecidas para defender os direitos dos peoes, sejam genuinamente preocupados ou nao.
ResponderEliminarUm apanhado das ideias aqui sugeridas (com meus comentarios entre parentesis):
- colocar na faixa de rodagem alguns carros estacionados em cima do passeio (compreendo o teu cepticismo, mas com um grupo organizado a coisa e' capaz de ir para a frente; eu conheco algumas pessoas interessadas em colaborar);
- manifestacao em frente 'a AR (para alem de poder chamar a atencao para a questao, nao vejo grande mudanca a vir daqui ate' porque duvido que tenha adesao significativa, mas podemos discutir os moldes da coisa);
- peticao contra carros estacionados em cima do passeio (desconheco a do Correio da Manha, podes deixar aqui o link?);
- programa de educacao civica nas escolas (vejo isto mais como um projecto Area-Escola, nao sei se ainda existem ou nao; podia ter potencial se conhecermos professores interessados em fazer este tipo de actividades com os seus alunos).
Eu pergunto-me se alguma vez algum órgão de comunicação social fez uma reportagem de fundo dedicada ao estacionamento automóvel nos passeios e nos espaços pedonais, focando todos os fatores relevantes (incluindo a responsabilidade dos autarcas e da polícia). Eu nunca dei conta. O problema é tão generalizado em Portugal que isso não deixa de ser impressionante. É provavelmemnte considerado um assunto menor e que não justifica destaque. Umas larachas sobre o estacionamento nos espaços pedonais, umas notícias curtas, umas referências breves, ainda estarão dispostos, sobretudo se a coisa estiver relacionada com as dificuldades que sentem os deficientes, mas pelos vistos nada mais do que isso.
ResponderEliminarColocar automóveis na faixa de rodagem é coisa de que os média são capazes de apreciar muito, mas já estou a imaginar a polícia a atuar contra a "obstrução" da faixa de rodagem (aí são rápidos...) ou pedidos de indemnização por parte dos donos dos popós (há por aí algum jurista?).
P.S. Este blogue é importante e seria muito mau se terminasse. E temos de nos lembrar que as pessoas que estão à frente dele são pessoas que têm outras coisas para fazer e, portanto, limitações de tempo e de disponibilidade. Muito por nós já fizeram e eu só posso ficar muito, muito agradecida ao PL.
Joana,
ResponderEliminarRecentemente, o «Correio da Manhã», na revista «Domingo» do dia 23 Jan 11, dedicou 1/4 de página ao estacionamento selvagem na zona das "avenidas novas" de Lisboa. Está para breve uma outra, do «Jornal de Notícias», sobre o mesmo assunto.
Veja, também, [AQUI].
Sim, mas isso são as notícias breves de que eu falava. Eu sei que é um grande progresso elas existirem, porque há alguns anos nem isso. Mas eu estou a falar de um artigo de fundo, de uma abordagem de fundo do problema, como a comunicação social (alguma, pelo menos) faz sobre variadíssimos temas. Por outras palavras, algo que eu própria já devia ter feito...
ResponderEliminarCatarina G, CAV, Faísca, Joana e Carlos Medina, agradeço que me contactem pelo e-mail para falarmos sobre este assunto do estacionamento selvagem.
ResponderEliminarObrigado.
Filipe Campos
filipeferrei@gmail.com
Só não concordo com uma coisa que a Joana disse: Não foi o blog que fez muito pelo «nosso problema» - foi o autocolante!
ResponderEliminarBoas colagens
Obrigado Joana. Ao descontentes cheios de ideias relembramos que estamos sempre à procura de colaboradores que, de forma abnegada e generosa, disponibilizem o seu tempo para trabalhar no que for necessário. Sabemos que há muito trabalho a fazer.
ResponderEliminarPor experiência própria sabemos que sempre que um convite é dirigido directamente a um entusiasta, ou fica sem resposta ou declina educadamente argumentando quase sempre falta de tempo.
Que surjam muitos passeios livres cheios de tempo, entusiasmo e músculo. Nós continuaremos a fazer os possíveis. E mais não somos obrigados. Já distribuímos 50,000 autocolantes e estamos a imprimir outros tantos. Sentimos sempre que é pouco. E continuamos sempre à procura de pessoas generosas com tempo. A morada de e-mail está aqui à direita. Há sempre muito que fazer.
O pessoal do PL tem toda a razão no que diz à Joana, e eu, quando referi que o blogue tinha parado, não foi no sentido depreciativo (embora possa ter sido entendido como tal) mas sim como uma chamada de atenção para o facto de todos nós termos que partir para outras acções com maior visibilidade.
ResponderEliminarOs responsáveis dizem, e bem, que cada vez que dirigem um convite a um entusiasta, o mesmo é recusado. Eu sei que isso é assim, mas por outro lado, infelizmente, Portugal é Lisboa e o resto
é paisagem, na medida em que, só o que é feito ou decidido em Lisboa é que tem impacto ou visibilidade na comunicação social.
Não sei onde mora a Joana, mas se eu, aqui em Portimão, pegar num carro mal estacionado e espetar com ele no meio da faixa de rodagem, o mais que conseguirei, talvez seja a chegada da polícia ou uns murros por parte do dono do veículo. Já o mesmo não sucederá, se tal iniciativa tiver lugar em Lisboa com as câmaras de qualquer canal televisivo, a mostrarem o acontecimento!
Pela minha parte, participei no concurso para a elaboração dos autocolantes, (que tiveram um processo de votação atribulado e manhoso, por parte de alguns concorrentes, como devem estar recordados) e tenho continuado a distribui-los (os que restavam e outros feitos por mim) nos vidros dos mais renitentes (diga-se de passagem sem qualquer efeito visível).
Também já tenho chamado a polícia que, tudo faz para chegar depois de o transgressor já ter tirado a viatura do local onde a deixara estacionada, ou que simplesmente nem aparece.
Das poucas vezes que aparece, anda ali à volta da viatura até que o condutor apareça e lhes peça desculpa porque "foi só um minutinho enquanto fui ali a casa!" e as coisas ficam por aqui. Se for alguém importante, ainda é o polícia que pede desculpa ao senhor Dr. ou Eng. pelo facto de estar a incomodá-lo.
Por tudo isto, peço desculpa ao PL se fui mal interpretado mas a minha intenção não era, de forma alguma, desvalorizar a sua acção neste blogue. Todos sabemos a importância do Passeio Livre no alertar de consciências para o grave problema do estacionamento selvagem, mas também temos que ter a consciência de que, através do blogue pouco mais poderá ser feito a não ser continuarmos a denunciar tais situações.
A única maneira de este protesto ter alguma visibilidade a nível nacional e de ter alguns efeitos práticos, será forçosamente através da televisão e dos jornais. Não sei que influência o PL poderá ter junto destes meios de comunicação mas seria uma boa maneira de continuar o excelente trabalho que tem sido desenvolvido aqui no blogue, ao longo destes anos da sua existência.
Depois de ler estes posts todos, com a devida atenção e o maior respeito que merece cada um dos intervenientes, informo que o meu Blogue Estacionamento Selvagem (passe a publicidade), é uma forma de luta que encontrei para combater o estacionamento selvagem na cidade de Lisboa. Porque infelizmente, problemas graves de saúde familiar não me permitem muito mais que isso. Caso contrário, podem crer que seria o primeiro a voluntariar-me para fazer parte da equipa de "levantamento de latas", eu que, entre outros desportos, pratiquei halterofilismo e sei como levantar pesos. Penso que criticar - e isto não é nenhuma directa a ninguém que acima escreveu, porque quando o pretendo fazer, faço-o cara a cara ou menciono nomes para que não subsistam dúvidas -, que fulano e beltrano falam, falam, mas não fazem nada, é um pouco leviano porque ninguém sabe e/ou conhece os condicionalismos a que essas pessoas estão sujeitas. Por isso, e com os disponíveis, há que encontrar meios e formas de colocar em prática todos os exemplos que foram dados pelo Faísca, pela Joana, pelo eng. Carlos Medina Ribeiro, pela Catarina , pelo CAV ou por qualquer outro comentador deste blogue e escolher os mais adequados a cada tipo de acção. Ainda há poucos minutos recebi um post (para aprovação) no Blogue Estacionamento Selvagem antigo (wordpress.com) com uma resposta que traduz a forma como esta gente encara o "seu" estacionamento em cima dos passeios e o conteúdo do mesmo é bastante explícito e significa que se não for por meios mais enérgicos, a situação não mudará de geito nenhum. O meu post é sobre o envio de uma imagem de um leitor do blogue com um carro de matrícula espanhola estacionado em cima do passeio, numa paragem da Carris e bloqueando o acesso a uma caixa dos CTT embutida na parede do prédio e o título é este: «Incrível! Será que lá... é como cá?». Lá, é Espanha, cá é Portugal, ou seja, perguntava o leitor se em Espanha também era permitido estacionar em cima dos passeios, nas paragens dos transportes públicos. A resposta que mencionei mais acima foi simplesmente esta (sem qualquer correcção ortográfica): «Nós, condutores, deixa-mos espaço suficiente para os peões passarem, o problema e que os novos moradores começaram também a estacionar do outro lado da estrada.
ResponderEliminarEm vez de criarem estes post, podiam era fazer forças connosco para que o novo parque de estacionamento há previsto arrança-se... Não estao a espera que estacionemos o carro a dois quilómetros de casa... Aliás, nem podemos porque a EMEL nao nos deixa fazer o selo porque nao somos daquela zona.». A minha resposta foi esta: «Não tenho procuração do leitor que enviou a imagem mas o facto é que não são os peões que têm culpa de não existirem condições para estacionamento legal à porta de cada residente ou a uns metros atrás ou à frente! Os passeios foram construídos não para estacionamento mas para circulação de peões e toda e qualquer subversão a esta situação é pura falta de civismo e de respeito por quem tem de andar apeado e pela estrada, sujeito a ser atropelado e/ou esmagado. Mas se todos os condutores em que se encontra incluída, como afirma no seu post, forem como o condutor desta viatura com matrícula espanhola, que pela imagem não deixa espaço para uma pessoa circular no passeio – e se for com sacos de compras ou um carrinho de bebé, por exemplo, ainda pior -, é por isso que o estacionamento selvagem continuará a ser o que é: não só pura falta de civismo, de respeito pelos outros cidadãos mas, principalmente, contra as leis consignadas no Código da Estrada. Ou será que quando andou na escola de condução, não deu lições de Código?» Penso que está tudo dito quanto a esta questão. Quanto ao meu blogue e pelos motivos indicados no início deste post, embora não tenha desistido da luta - sendo que a Polícia Municipal já nem responde aos meus e-mails -, baixei o ritmo de inserção de posts no mesmo.