A riqueza inestimável que é a nossa calçada portuguesa está entregue aos "cuidados maternais" de um gigantesco bando de bestas quadradas, formado pelos que fazem e pelos que deixam fazer. Note-se que bastava colocar aqui uma dúzia de pilaretes para que esta vergonha (que dura há anos e anos, dia após dia) acabasse de uma vez por todas.
A destruição da calçada portuguesa é, além do mais, uma desconsideração pelo trabalho de quem a elabora.
Que estes condutores-grunhos o façam, não será de espantar; mas que as autoridades (policiais e autárquicas) sejam coniventes com isso, só mostra o seu nível cultural e humano.
As reais preocupações de pessoas como António Costa passam ao lado destes "pequenos problemas". E a Rui Pereira, Ministro da Administração Interna (responsável pela DT da PSP e respectiva inacção no combate ao estacionamento selvagem) estas coisas também nada dizem.
Li algures num online que Lisboa e Porto iriam passar as competências do trânsito das duas cidades, da PSP (que nada tem a ver com trânsito, segundo dizem eles), para a Polícia Municipal. Se até aqui as duas polícias nada fizeram para que se cumpram as leis inseridas no Código de Estrada e que tantos "condutores" ignoram pura e simplesmente porque sabem de antemão que nada lhes acontece, então agora é a festa vai começar. Tenho uma sugestão, um pouco maluca mas no meio de tanto doido o que tiver mais ideias é o melhor: passarmos todos a andar pelas ruas e estradas, entupindo o trânsito automóvel, da mesma forma que os automóveis entopem o trânsito pedonal nos passeios... Será que é viável? É que sinto-me, na minha cidade - que é Lisboa desde há mais de 60 anos -, um cidadão de segunda em ordem a um cidadão de primeira que é o automobilista...
Agora, na época do Natal, ainda é (e vai ser) pior: Com o pretexto de animar o comércio, todo e qualquer tipo de estacionamento vai ser permitido.
A própria rua onde mora António Costa (Av. João XXI, tanto quanto sei) merece uma visita, tal é o caos do estacionamento - em cima do passeio e nas paragens da Carris...
(Pode até ver-se como NÃO foram colocados pilaretes junto aos números 7-8-9 e 10, por forma a permitir o estacionamento em cima do passeio!)
Mas o que mais me irrita é ter de ajudar a pagar o ordenado (e 14 meses por ano!) a gente cuja profissão é combater esse flagelo. Recebem o dinheiro, mas pouco ou nada fazem que o justifique. Há um nome bem português para quem procede assim - mas o consolo é fraco...
Num dos feriados do inicio de Dezembro subi a avenida da liberdade a pé ao fim da tarde, e qual não foi o meu espanto a ver que os largos passeios se tinham transformado em parque de estacionamento. Se não conseguimos garantir o civismo na talvez principal rua do país como é que vamos conseguir em qualquer outro lado.
Sugiro-vos uma visita pelos "sites" sobre a calçada portuguesa, para nos maravilharmos com esta nossa arte única no mundo, que está espalhada por vários países, desde os EUA, Af.do Sul, Bélgica, Brasil e Timor.
Nesses locais a calçada portuguesa é apreciada e protegida dos vândalos. Por lá, as autoridades têm maturidade suficiente para preservar o trabalho e a arte.
Por cá, alguns autarcas já têm levado com fotos de destruição deste nosso património, que eles próprios não sabem cuidar.
A riqueza inestimável que é a nossa calçada portuguesa está entregue aos "cuidados maternais" de um gigantesco bando de bestas quadradas, formado pelos que fazem e pelos que deixam fazer.
ResponderEliminarNote-se que bastava colocar aqui uma dúzia de pilaretes para que esta vergonha (que dura há anos e anos, dia após dia) acabasse de uma vez por todas.
A destruição da calçada portuguesa é, além do mais, uma desconsideração pelo trabalho de quem a elabora.
ResponderEliminarQue estes condutores-grunhos o façam, não será de espantar; mas que as autoridades (policiais e autárquicas) sejam coniventes com isso, só mostra o seu nível cultural e humano.
Ed
Meus caros,
ResponderEliminarAs reais preocupações de pessoas como António Costa passam ao lado destes "pequenos problemas". E a Rui Pereira, Ministro da Administração Interna (responsável pela DT da PSP e respectiva inacção no combate ao estacionamento selvagem) estas coisas também nada dizem.
Dir-se-á que é uma questão cultural. Pois é...
Li algures num online que Lisboa e Porto iriam passar as competências do trânsito das duas cidades, da PSP (que nada tem a ver com trânsito, segundo dizem eles), para a Polícia Municipal. Se até aqui as duas polícias nada fizeram para que se cumpram as leis inseridas no Código de Estrada e que tantos "condutores" ignoram pura e simplesmente porque sabem de antemão que nada lhes acontece, então agora é a festa vai começar. Tenho uma sugestão, um pouco maluca mas no meio de tanto doido o que tiver mais ideias é o melhor: passarmos todos a andar pelas ruas e estradas, entupindo o trânsito automóvel, da mesma forma que os automóveis entopem o trânsito pedonal nos passeios... Será que é viável? É que sinto-me, na minha cidade - que é Lisboa desde há mais de 60 anos -, um cidadão de segunda em ordem a um cidadão de primeira que é o automobilista...
ResponderEliminarFG,
ResponderEliminarAgora, na época do Natal, ainda é (e vai ser) pior:
Com o pretexto de animar o comércio, todo e qualquer tipo de estacionamento vai ser permitido.
A própria rua onde mora António Costa (Av. João XXI, tanto quanto sei) merece uma visita, tal é o caos do estacionamento - em cima do passeio e nas paragens da Carris...
(Pode até ver-se como NÃO foram colocados pilaretes junto aos números 7-8-9 e 10, por forma a permitir o estacionamento em cima do passeio!)
Mas o que mais me irrita é ter de ajudar a pagar o ordenado (e 14 meses por ano!) a gente cuja profissão é combater esse flagelo. Recebem o dinheiro, mas pouco ou nada fazem que o justifique. Há um nome bem português para quem procede assim - mas o consolo é fraco...
Num dos feriados do inicio de Dezembro subi a avenida da liberdade a pé ao fim da tarde, e qual não foi o meu espanto a ver que os largos passeios se tinham transformado em parque de estacionamento. Se não conseguimos garantir o civismo na talvez principal rua do país como é que vamos conseguir em qualquer outro lado.
ResponderEliminarSugiro-vos uma visita pelos "sites" sobre a calçada portuguesa, para nos maravilharmos com esta nossa arte única no mundo, que está espalhada por vários países, desde os EUA, Af.do Sul, Bélgica, Brasil e Timor.
ResponderEliminarNesses locais a calçada portuguesa é apreciada e protegida dos vândalos. Por lá, as autoridades têm maturidade suficiente para preservar o trabalho e a arte.
Por cá, alguns autarcas já têm levado com fotos de destruição deste nosso património, que eles próprios não sabem cuidar.
Um dia no futuro, hão-de ter cultura para tal.
LC