Uma jornalista experimentou, durante um dia, manter a rotina diária mas de cadeira de rodas:
Durante um dia, pusemo-nos no lugar da pessoa com mobilidade reduzida. Foi um inferno.
Por Marisa Soares
"Sigo viagem até ao comboio, que apanho diariamente. Encontro um jipe
estacionado à saída da passadeira, em cima do passeio (que até é
rebaixado, mas não tem pilaretes de ferro). Por isso, sou forçada a
seguir pela estrada, lado a lado com os carros, em contramão.
Quando consigo voltar ao passeio, "tropeço" nas pedras soltas da
calçada, nas caixas cinzentas que abrigam os contadores da
electricidade e da água, e nas bocas-de-incêndio "plantadas" lá no
meio. Para além disso, são muitos os passeios que não têm 1,20 metros
de largura, como exigido por lei. É melhor regressar à estrada."
e
"Vou entregar a cadeira, de carro, e volto de metro. Já não reparo nas
pedras levantadas, nos passeios altos, nos degraus que, há horas, me
pareciam um monte Evereste. "Não podes construir um mundo ideal",
dizem-me os amigos. Será que um dia deixarão de ter razão?"
Aconselho os nosso politicozinhos de terceira a visitarem Barcelona para ganharem um pouco de vergonha na cara.
ResponderEliminarMas talvez a melhor solução seja eles ficarem paraplégicos. Aí vão preocupar-se de certeza.
Paraplégicos já eles são... mas de cérebro!
ResponderEliminarInfelizmente, entre a população também há muitos inválidos destes (cerebrais).