«Esta imagem foi feita em Barcelona.
Durante uma semana estive por lá, fazendo de turista e vendo museus e exposições. Mas, e principalmente, tendo o prazer de estar numa cidade civilizada!
É verdade que Barcelona, devido à geografia do terreno, bem como à gestão urbanística executada ao longo dos tempos, possui passeios bem largos. Grandes quanto baste para albergar incontáveis automóveis, deixando as vias livres para a circulação. No entanto…
No entanto isso não se vê. Em parte alguma!
Os passeios existem para os cidadãos andarem, passearem, estarem. Para os automóveis existem as faixas de rodagem e os estacionamentos apropriados. Que, por aqui, as coisas não se confundem.
Claro que, por vezes, os espaços pedonais são ocupados. Por obras, por exemplo. Mas estas são, como no exemplo, vedadas, circunscritas à menor área possível, impossíveis de criarem acidentes e deixando sempre espaço suficiente para que os cidadãos usufruam do que é seu: espaço.
Mais ainda: os resíduos, o entulho, a terra retirada de buracos abertos, não ficam ao deus dará, espalhando-se pelas áreas pedonais ou automóveis! Contentores, metálicos ou de tecido, são estrategicamente colocados nos locais de intervenção, enchidos com o entulho e retirados mal se encontram cheios. E o chão, em redor da obra, criteriosamente limpo por quem nele trabalha.
Acrescente-se que, ainda que de pouco adiante, são acrescentados cartazes como este, onde se pede desculpa pelo incómodo causado. Ainda que o incómodo seja como se vê.
Nota extra: vi um único automóvel mal estacionado. Na faixa de rodagem, à esquerda, encostado ao passeio e com os quatro piscas ligados. Pareceria estar em Portugal, não fora…
Não fora ter-me deixado ficar por ali por uns vinte minutos, para saber quem tinha tal feito. E a viatura só não foi multada por três vezes, porque uma bastava. Depois da primeira patrulha, um motociclista, a ter multado, duas outras pararam nesse local e tempo com o mesmo intuito. E vendo que já lá estava o respectivo papelinho, seguiram em frente. Em vinte minutos três patrulhas param perante a ilegalidade!
Nem sei porque se espantam de eu desejar aqui viver!»
Contribuição de um leitor 
Então e relativamente ás scooters e bicicletas nos passeios da mui civilizada Barcelona?
ResponderEliminarDa 1.ª vez que estive em Barcelona, estranhei ver tanta gente a movimentar-se em cadeiras-de-rodas.
ResponderEliminarDepois, vim a saber que não é pelo facto de haver mais inválidos do que em Portugal, mas sim porque os passeios estão desimpedidos.
(Estive 3 dias em Genève, e o único carro que vi em cima do passeio era conduzido por um português! E foi penoso ver o espectáculo que ele deu quando, de imediato, a polícia surgiu...).
vergonha, podiam fazer a obra no meio da estrada
ResponderEliminardso sempre os mesmos a pagar, os peoes..
vergonha
Pois, se esses 3 polícias em vez de estarem a incomodar quem trabalha fossem mas é apanhar terroristas talvez a ETA já não existisse e não andasse a roubar explosivos no nosso país.
ResponderEliminarem espanha, por norma, as coisas funcionam como descrito. é absolutamente fantástico.
ResponderEliminaré por isto (e outras coisas) que teremos sempre um sentimento de inferioridade para com espanha e é pela mesmissima razão que eles quando nos visitam se preparam para um pais em ruínas, com pessoas pobres e embrutecidas. uma coisa tipo 3º mundo.
gosto muito da historia portuguesa mas acho que não a merecemos. se pudesse, emigrava.
Só para que conste:
ResponderEliminarNão eram “três” policias mas sim cinco - um num motociclo, que aplicou a multa, e dois carros-patrulha, com dois agentes em cada um;
O condutor do carro não “estava a trabalhar”, mas antes a comer umas tapas e a beber umas cañas num bar, uns vinte metros acima;
O caso passou-se perto do cruzamento de Carrer de Balmes com Carrer de la Deputació;
As viaturas em infracção são de imediato identificadas via aparelhos móveis de comunicação, para verificar se se encontram em situação irregular ou se foram dados como desaparecidos;
Todo o processo, desde que o primeiro agente parou até que se foi embora (identificação, fotografia da viatura e impressão do respectivo talão de multa) não demorou mais de dois minutos. Os carros-patrulha não estiveram mais de trinta segundos parados.
ahhh... então é por isso que não temos terrorismo em Portugal, pq os polícias andam todos a apanhar terroristas... Finalmente a resposta à grande pergunta «onde pára a polícia»?
ResponderEliminar"As viaturas em infracção são de imediato identificadas via aparelhos móveis de comunicação, para verificar se se encontram em situação irregular ou se foram dados como desaparecidos;"
ResponderEliminarEsse sistema em Portugal também existe. E até já está pronto para utilizar os chips de matrícula.
Desconheço é se algum polícia alguma vez se deu ao trabalho de colocar a matrícula de um carro para ver se ele estava em situação irregular ou não.
" ahhh... então é por isso que não temos terrorismo em Portugal, pq os polícias andam todos a apanhar terroristas... Finalmente a resposta à grande pergunta «onde pára a polícia»?
ResponderEliminar"
Podemos então concluir que estacionar no passeio é estar a lutar contra o terrorismo! (eu até tenho medo de escrever uma coisa destas, porque tenho cá para mim que nos próximos posts vamos ver algum a alegar isto e a culpa vai ser minha)
Porreiro, pá!
É um prazer passear em Barcelona. As avenidas são partilhadas por carros e bicicletas. Grande parte das ruas são de sentido único de forma que seja possível a inclusão de ciclovias. Existem escadas rolantes nos lugares históricos. Não há um único carro nos passeios. Vi inclusivê pequenas motas a serem imediatamente multadas quando lá foram estacionadas. Vê-se crianças a brincar na rua, porque elas têm efectivamente onde o fazerem sem perigo.
ResponderEliminarEnfim, primeiro mundo.
Também já visitei essa linda e cívica capital da Catalunha, e tirei fotos das motos estacionadas em cima dos passeios com ordem e a não prejudicar os peões.
ResponderEliminarTambém passei e passeei por Saragoça, e não é que vi e fotografei uma, repito uma, infracção ao C.E.
Um carro estava a ocupar meia passagem de peões.
Vi avenidas com habitações, e passeios livres com jardins, e onde estavam os carros dos moradores? De certeza em garagens.
Mas não é necessário ir tão longe. Basta visitar as cidades espanholas mais próximas.
Outra gente, outros costumes. Pobres espanhóis se nos unirmos a eles um dia.
LC