«Eram cerca de 9:45h da manhã de quarta-feira, 19 de Maio, quando, voltando a casa depois de deixar a minha filha na creche paroquial de Oeiras, encontrei, entre outros, o carro com a matrícula XXXXXXXX estacionado no passeio da rua José Falcão, em Oeiras, de tal maneira que tive de andar de lado para passar entre o retrovisor e a parede. Quando passava pela frente do carro, percebi que os piscas tinham-se acendido e apagado. Olhei para trás e vi que uma senhora o tinha aberto e, que se preparava para entrar no carro. Disse-lhe que aquele carro, estacionado como estava, agredia-me. Ela respondeu-me: "Ah é? Óptimo!". Diante de semelhante resposta, pus-me, no passeio, em frente ao carro, e tentei inicialmente telefonar à Polícia Municipal. Atendeu-me um sinal de fax. Tentei então telefonar à PSP. Enquanto o fazia, a senhora saiu do carro e empurrou-me enquanto gritava: "Sai, sai que já me estás a irritar", "Se não queres morrer sai da frente porque eu vou passar por cima". Eu deixava que a senhora me empurrasse mas, quando ela entrava no carro, punha-me outra vez no passeio à sua frente. Depois de duas tentativas, consegui falar com a PSP, que se pôs a caminho do local. Em dado momento, alguém disse à senhora que a Polícia estava a caminho. Pouco depois, a senhora pôs o carro em andamento - não suficientemente rápido para me magoar mas suficientemente pesado para me derrubar sobre o capot. Com o carro já inteiramente fora do passeio, a senhora parou e eu saí do capot. Pouco depois (não mais de 5 minutos), chegaram dois agentes da PSP. Nem a senhora nem o seu carro estavam então no local. Quando eu estava a contar o que acontecera, vi que a senhora voltava ao local. Os agentes tomaram o cuidado de nos manter sempre à distância, de maneira que não sei o que essa senhora lhes disse. Sei apenas que também eu contei a minha versão dos acontecimentos e que ambos fomos identificados.
Duas senhoras que assistiram à cena aceitaram testemunhá-la.»
Mário Negreiros
Grande Mário,
ResponderEliminarQuando se falou, há dias, nos «pilaretes humanos», a ideia era sermos muitos… não era para ires logo a correr por em prática a coisa.
Deverias pedir royalties à Nintendo.
Abr
O gajo no final deveria ter dito à mulherzinha que aquilo era prós apanhados…
ResponderEliminarcorajoso! parabéns.
ResponderEliminarMário Negreiros, mais uma vez muitos parabéns pela acção cívica que continua a desempenhar em Oeiras.
ResponderEliminarOutro exemplo do seu excelente trabalho: http://anossaterrinha.blogspot.com/2010/03/manual-da-regressao-capitulo-tres.html
Um exemplo para todos. Só penso que a palavra "senhora" está indevidamente utilizada. "Besta" é o que me vem à cabeça, porque "animal" seria ofender os animais.
ResponderEliminarHá cerca de mês e meio, um segurança do Hospital de Portimão agrediu, junto às Urgências, um indivíduo (aparentemente deficiente mental), que ficou caído no chão, inanimado.
ResponderEliminarPor um acaso, estavam ali por perto 2 agentes da PSP, que pessoas presentes chamaram para tomar conta da ocorrência, enquanto o agressor, até há pouco tão valente!, se escondia no interior das instalações!
Os agentes levaram o assunto a sério, encontraram a besta-quadrada, e identificaram-na.
Recolherem depois o testemunho de 2 pessoas (uma delas uma senhora inglesa) que se identificaram e ofereceram como testemunhas.
Posso garantir que estas 2 testemunhas nunca foram chamadas. Como é evidente, o assunto "morreu" - como, infelizmente, vai "morrer" a cena escandalosa contada neste post.
Em situações semelhantes, é importante que o queixoso identifique, também, os agentes da polícia.
Bons dias.
ResponderEliminarCaros PL
Digam lá, sff., ao Sr. Mário que se ele precisar de mais testemunhas, eu também vi o que aconteceu.
Alem de ter visto que o carro estava mal estacionado, também presenciei as agressões da "Sra."
Possivelmente, e para que a situação descrita possa ter as devidas consequências, será necessário que o queixoso, daqui a algum tempo, vá à esquadra da zona (ou ao local a que reportam os agentes da PSP) saber qual foi o seguimento que foi dado à participação.
ResponderEliminarQual Mourinho qual quê!
ResponderEliminarMario Negreiros ALÉ!
Uma vez armei-me em esperta e tentei fazer o mesmo, mas para impedir um carro de estacionar no passeio: eu estava no passeio (por acaso estava à espera de uma pessoa) e ali fiquei, indiferente ao condutor a gesticular para eu sair. Digamos que o senhor era particularmente selvagem e, pior que isso, devia fazer musculação 12 horas por dia, pelo que quando ele saiu do carro, levantou o braço e disse "se não sais daí já, eu desfaço-te, minha cabra!", eu achei por bem acabar por ali o meu acto pseudo-heróico. Hoje em dia socorro-me de métodos mais pacíficos para tentar ajudar a acabar com esta estúpida praga...
ResponderEliminarIncrivel, estes dois testemunhos!
ResponderEliminarMete nojo,essa grande cabra!
Não deixe cair a quiexa e vá em frente!
Eu às vezes tenho receio de colar os autocolantes...:-(
Se quem manda não respeita a lei, porque deverão eles punir criminosos? Começo a pensar que vale a pena transgredir a lei neste país de m...a
ResponderEliminarSó é pena não ter a matrícula do carro!
ResponderEliminarAqui deixo um conselho muito simples:
ResponderEliminarPosso garantir, por experiência própria, que muitas destas bestas se encolhem como ratinhos assim que pegamos no telemóvel e os fotografamos (nomeadamente a matrícula do carro).
Das várias vezes que fiz isso, mesmo sem ser em situações de conflito, eles puseram-se a mexer.
Isso sucedeu em passeios, em paragens de autocarro e em casos de estacionamento em 2ª fila.
Metam-se na pele deles: sabem que estão em infracção, mas não sabem quem somos nem o que vamos fazer com a foto que estamos a tirar.
Por norma, sou contra qualquer tipo de violência, embora não tenha qualquer tipo de problema em entrar nela caso seja mesmo necessário e em defesa do coiro. Mas num caso como este, se essa gaja fosse de encontro ao meu coiro, eu ATIRAVA-ME para cima do capot (para que ficasse com uma amolgadela) e depois apresentava queixa à polícia de tentativa de atropelamento...
ResponderEliminartens que apresentar uma queixa-crime e mandà-la directamente para a procuradoria sem passar pela esquadra mas mencionando que o agressor foi indentificado pela PSP.
ResponderEliminarPorquê não passar pela esquadra e como mandar a queixa-crime directamente para a procuradoria?
ResponderEliminarporque garanto-lhe que se apresenta queixa na esquadra a sua queixa nunca sairà de là e acabarà no caixote do lixo.
ResponderEliminarA PSP, GNR transmitem as queixas às procuradorias ou DIAPS etc.
Aconselho portanto mandà-la directamente para o destinatario final, mas primeiro informe-se pesquisando "como apresentar queixa" na google. No seu caso parece que houve ofensa à integridade fisica, presenciada por testemunhos ainda por cima.