A Câmara Municipal do Porto pretende "melhorar a mobilidade" na cidade e para tal tem um plano para aumentar os reboques de viaturas estacionadas indevidamente de "35 mil para 40 mil por ano".
O objectivo foi sublinhado, ontem, segunda-feira, pelo vereador da Protecção Civil, Controlo Interno e Fiscalização durante uma reunião da Assembleia Municipal, que discutiu, entre outros pontos, uma proposta para o lançamento de um concurso público que visa contratar "serviços de reboques".
Sampaio Pimentel começou por referir que a proposta "não se prende com a caça à multa", como alguns terão pensado. "A equidade" é outro objectivo que o vereador diz estar presente nesta proposta, pois o "estacionamento indevido ou ilegal faz concorrência desleal" aos parques que a câmara concessionou.
O valor do contrato estimado é de 950 mil euros, para três anos de execução.
Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, argumentou que "a Polícia Municipal tem hoje meios para executar este serviço" e votou contra.
O PS lançou a suspeita de que a proposta cede a "uma tentação populista". O partido acabou por se abster, mas o presidente da Junta da Freguesia da Vitória, o socialista António Oliveira, votou a favor alegando ser contra "a anarquia" do estacionamento no seu território.
"Não é claro para nós quem vai pagar a despesa", se o município ou o proprietário do veículo removido, apontou, por sua vez, o deputado Artur Ribeiro, da CDU, que também votou contra.
PSD e CDS concordaram que a proposta vai trazer "mais e melhor mobilidade à cidade" e os seus votos bastaram para dar luz verdade à proposta.
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Obrigado ao Carlos Rodrigues no Facebook.
«Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, argumentou que "a Polícia Municipal tem hoje meios para executar este serviço" e votou contra»
ResponderEliminarEsta vive em que mundo?
«o socialista António Oliveira, votou a favor alegando ser contra "a anarquia" do estacionamento no seu território.»
Ao menos este!
«Não é claro para nós quem vai pagar a despesa", se o município ou o proprietário do veículo removido»
ResponderEliminarSó faltava ser o contribuinte...
Acho muito bem.
ResponderEliminarÉ uma boa notícia, digo mais... Se criarem essas condições em Lisboa ainda vendo o meu carro e compro um reboque!
Nestas coisas, é melhor confiar mais nos resultados do que nas "previsões". É melhor esperar...
ResponderEliminarUm aumento de 5 mil viaturas rebocadas por ano significa mais 13 (treze carros) por dia em toda a cidade do Porto. Uma insignificância que nem se vai notar.
Talvez em vez de se apostar no aumento do número de veículos rebocados fosse preferível fazer uma colocação massiva de pilaretes. Se forem bem colocados, são bem mais eficazes. Eu já gostei menos dos pilaretes. Mas continua a ser o método mais eficaz. A bandalheira neste país é tão grande que por mais competente que fosse a polícia, não chegava: seria preciso um agente em cada esquina. Só recrutando o exército...
Portanto, reboquem os carros desses selvagens, mas não chega...
Dr. António Costa, ponha os olhos nisto e aprenda de uma vez por todas a ser Presidente da Câmara.
ResponderEliminarO que me parece incrível é o poder público ter que se pôr na defensiva, a explicar que a repressão ao estacionamento selvagem não se trata de "caça à multa" - expressão, aliás, muito reveladora do que há de pior em Portugal: as leis são muito boas até que nos atinjam. Quando isso acontece há de ser por algum motivo espúrio.
ResponderEliminarMário Negreiros
Não me parece que o Exército tenha meios suficientes para tal…
ResponderEliminarEu também sempre defendi o recurso aos meios preventivos, considerando mesmo que só com inibidores de estacionamento se vai lá.
Mas esta ideia da privatização dos serviços de reboque tem algo de interessante.
Claro que não nos modos que eles querem fazer (criar mais uma JP Sá Couto); mas uma verdadeira privatização do acto de rebocar: O estado garantia um grande parque para as viaturas rebocadas e qualquer particular, mediante um simples alvará (tipo táxi) poderia ter o seu reboque.
Claro que teria de haver sempre um auto, para garantir a ilegalidade do estacionamento, mas o papel das autoridade ficava muito mais simplificado, limitavam-se a chamar o reboque e a assinar um género de guia e todo o resto da burocracia ficaria por conta do particular.
Como disse o sr. Sousa, nessas circunstâncias até eu comprava um reboque...
Ora aí está uma boa ideia, JC (embora para funcionar dependa sempre da polícia, que é o que todos sabemos...)
ResponderEliminarNos EUA faz-se isso, as pessoas podem comprar uma licença para ter e operar um reboque. Até há um episódio dos Simpsons sobre isso.
ResponderEliminarE funciona bem, porque quem tentar aldrabar o sistema (rebocando um veículo legalmente estacionado, p.e.) leva uma multa de tal tamanho (parte dessa multa vai para indemnizar a pessoa que foi alvo do reboque ilegal) que da próxima pensa duas vezes antes de fazer isso (e suponho que se o fizer muitas dessas deve perder a licença).
Eu criava uma empresa dessas e, com tanto trabalho, ficava milionária num instante... Ora aí está uma carreira com futuro em Portugal...
ResponderEliminarSe chegar a Lisboa ou arredores, crio tb. É uma ideia genial e uma fonte incrível de receitas aqui no nosso Portugal.
ResponderEliminarEu, como sou meio teso, comprava só meia duzia de bloqueadores e nem precisava de ir muito longe para ganhar o dia...
ResponderEliminare que tal em vez do autocolante colocássemos bloqueadores nos veículos ?!?!
ResponderEliminarficava lá até que o "individuo" o conseguisse tirar... assim podia ser que da próxima vez pensasse mesmo 2 vezes...
Bem que o Sócrates, ou o Teixeira dos Santos podiam por os olhos nestas ideias e certamente já não precisavam de aumentar o IVA, só o valor das multas de reboque chegava para abater défice...
ResponderEliminaranonimo das 21:19
ResponderEliminaré isso que se tem defendido, chamar a policia ao inves de andar a colar papel no que é dos outros
entao eles nao podem por o carro num passeio publico, e vamos nos poder colar papel num carro privado???
policia! e nao é bloqueador porque assim o carro fica no mesmo sitio... o bloquador é o mesmo que um autocolante, pois o carro fica lá
chamem o reboque, e incentivem a chamar, só assim limpamos os passeios
«"Não é claro para nós quem vai pagar a despesa", se o município ou o proprietário do veículo removido, apontou, por sua vez, o deputado Artur Ribeiro, da CDU, que também votou contra.»
ResponderEliminarO prevaricador, claro! Era o que mais faltava, serem os contribuintes a suportar a despesa!
"O prevaricador, claro! Era o que mais faltava, serem os contribuintes a suportar a despesa! "
ResponderEliminarNeste país já nada me espanta...