Exmo. Senhor Passeio Livre
É com muita satisfação que chego ao mau carro hoje e tenho um autocolante vosso no meu vidro. Achei o máximo e pensei para mim "haja alguém neste país que pense em civismo". Pois é, pena é não colocarem um autocolante desses NAQUELES CARROS QUE BLOQUEIAM MESMO passeios e passadeiras, que não foi de todo, o meu caso!
Infelizmente estamos num país com poucas condições para quem trabalha honestamente de manhã à noite, num local onde, para se ir de transportes públicos perde 3h diárias, horas essas que, ao ir para o trabalho de carro, as dispende com os filhos, que como sabem vão ser o futuro deste país. País este sem eira nem beira, governado sabe-se lá por quem, e onde a luz ao fundo do túnel já se apagou há muito.
Prezo muito o vosso trabalho, mas acho que deviam "atacar" a quem de direito, e não quem trabalha, ganha para o dia, paga TODOS OS IMPOSTOS A TEMPO E HORAS, e se rege pela educação e respeito ao próximo, mesmo vivendo num país de 5º mundo sem condições minimas de vida, para quem trabalha arduamente.
Com isto vos peço, numa próxima vez, coloquem por favor, um autocolante em tons de rosa pois eu destesto amarelo, e já agora tentem pôr uma cola mais soft pois vou me ver grega para tirar aquele post-it inventado sabe Deus por quem.
Também vos digo que, caso o Sr Passeio Livre, que hoje teve a amabilidade de me colocar este post-it no meu vidro do carro, queira trabalhar a sério, fazer andar o país e sentir-se útil, que me contacte rápidamente porque a minha empresa tem muito serviço para fazer. Caso queira, não sei, continuar, digo eu, a colocar esses autocolantes nos carros que tentam estacionar nesta cidade de forma, a não prejudicar os peões, que o melhor é pôr a mão na consciência e deixar trabalhar quem queira ver este país, à beira mar plantado, evoluir.
Desde já grata pela vossa atenção
Com os meus melhores cumprimentos
Leitora identificada
Cara M. B. de S.,
ResponderEliminarTambém ficamos muito satisfeitos que, ao notar o autocolante no vidro do seu carro, tenha apreciado que "haja alguém que neste país pense no civismo". É sinal que percebeu bem a iniciativa e o que leva centenas de pessoas a colar milhares de autocolantes em muitos pontos do país. Se quiser autocolantes teremos todo o gosto em enviar-lhe gratuitamente uns tantos.
Agradecemos também o esforço do contacto e de nos explicar em detalhe as suas razões para proceder menos bem. O problema muitas vezes é que não pensamos em todas as consequências dos nossos actos. Um carro sobre o passeio, mesmo que não o obstrua totalmente, estraga a calçada (algumas quedas de idosos podem levar à morte, a maior parte das vezes por consequências indirectas), incomoda invisuais (experimente andar com os olhos fechados uns segundos), põe em perigo crianças (retirando visibilidade), incomoda (impede por exemplo pessoas de conversar lado a lado), etc.
E torna um carro sobre o passeio num comportamento socialmente aceitável e sujeito a imitação - já reparou que basta por vezes um carro em cima do passeio, para a situação em toda a rua perder o controlo.
Compreenda também que os seus problemas de estacionamento não podem ser resolvidos à custa dos peões.
Tomamos boa nota da sua preferência pelo cor de rosa e sinceramente não sabemos se o cidadão que colocou o autocolante sobre o seu carro estacionado de forma abusiva, anda à procura de emprego.
Passeio Livre
PS Como uma das razões principais da iniciativa é iniciar um longo dialogo sobre o assunto na sociedade civil, publicaremos o seu protesto e a nossa resposta no nosso blog. Participe!
Será que esta ilustre senhora pensa que pessoas, cidadãos, só porque não estão atras de um volante de um carro e não o coloca com as quatro rodas sobre o passeio, não paga impostos?????
ResponderEliminarSerá que ela pensa que nós, que queremos e temos todo o direito, de andar no passeio, somos vagabundos????
Será que o seu sarcasmo não poderia ser melhor aproveitado se fosse direccionado às pessoas que agem como ela????
É impressionante a que ponto chegou o cinismo neste país!!!!!!
Cara leitora, está na hora de você evoluir... civilizadamente
ResponderEliminarMuito gosta esta gente de falar em trabalho e em impostos, como se quem cola autocolantes não trabalhasse ou não pagasse impostos.
ResponderEliminarPara além de que estes temas têm tudo a ver com o tema do estacionamento nos passeios...
Minha senhora, não defenda o indefensável, nem apresente argumentos ilógicos.
Reflicta no acto egoísta que praticou e tente corrigi-lo.
Tudo o resto que escreveu é palha sem interesse e sem sentido para a discussão. Pura perda de tempo.
EVOLUA!!!
Como é que uma Senhora tão educada e tão trabalhadora sente-se no direito de dar umas "bocas" tão Portuguesas sobre o estado do seu mundo sem ter em conta a vida dos outros, peões, que como ela vão trabalhar, mas a pé, e precisam de passeio livres para circular sem ter de contornar o pópó da "Leitora Identificada" ?
ResponderEliminarClaude Moreira
Londres
"País de 5º mundo" deve-se precisamente à descabida proporção de gente de alto nível como esta senhora que nele habita.
ResponderEliminarpagar impostos e não cumprir a lei dá cadeia na mesma minha senhora. Arrange espelhos.
ResponderEliminarEsta deve ser familiar do AAnónimo, pois ambos sofrem de complexo de superioridade!
ResponderEliminarNão é complexo, é termo de comparação!
ResponderEliminarSe o facto de alguém ir para o trabalho e para isso estacionar o carro em cima do passeio fizesse algum país evoluir ERAMOS O NÚMERO 1 da evolução.
ResponderEliminarSinceramente....
Também concordo que anda por aí muito desempregado e beneficiário do rendimento mínimo de ótocolante em riste.
ResponderEliminarFado-se, vou mas é trabalhar que estou atrasado e ainda vou ter que estacionar o carro...
Oh Trabalhador das 11:29, onde é que trabalha? É que às 11:29 ainda estar em casa a visitar blogues é obra. Também quero ter um emprego assim!
ResponderEliminarEm vez de perderem tempo a tratar do que realmente importa para que o país não continue a seguir a rota degradante que tem tomado desde a "revolta de abril", andam a fazer o papel das "pides de segunda" a criar ainda mais problemas a quem faz pela vida com "chamadinhas para a EMEL" e em situações menos graves, a sujar/detiorar as posses aos cidadãos que por algum motivo de força maior se viram obrigados a deixar a viatura em vez de a 5 metros, a 4 metros da passadeira, mentalidades estas dignas de cidadãos da China ou da Coreia do Norte.
ResponderEliminarEu para passar numa passadeira, não pago impostos nem tenho 5 metros de largura que me possam impedir transitar na mesma. Não estamos a falar de passadeiras como as que se encontram p.e. em Tokyo, passadeiras cruzadas com milhares de transitantes por hora. Se lhe faz confusão ter apenas 4 metros de largura para passar, então ande mais uns 10 metros ao lado que de certeza que haverá outra passadeira. Quem anda 4 anda 10.
Eu para estacionar a viatura em muitos dos casos, vejo-me obrigado a PAGAR AO ESTADO quantias absurdas de parquímetro entre outros, coisa que quem passa em passadeiras, desgostado visto ter sá 4 metros de largura, não faz.
Até que vossas individualidades me venham pagar tais quantias idióticas para usufruir de mesmos direitos, o próximo indivíduo que encontrar a deteriorar os meus bens, acredite que volte para casa com uma camada nova de pele, nomeadamente, com os ditos "autocolantes" a servir de nova camada dérmica.
Isto que andam a fazer aos "irmãos" cidadãos, pode-lhes acontecer na pele também mais dia menos dia, e talvez na altura, apesar de tarde de mais, lamentem tal sucedido no passado.
Com os melhores cumprimentos,
Cidadão Anónimo desta Sociedade putrefacta.
Caro anónimo das 12.54:
ResponderEliminarA uns anos que sigo este blog e ainda não vi NINGUÉM queixar-se que as passadeiras são estreitas. Fala-se aqui de uma regra simples de segurança: quando existe um a menos de 5 metros ANTES da passadeira (atenção e entenda bem ANTES, ESTAMOS A FALAR DE ANTES, não em cima) impede a visibilidade dos peões se vier um carro e vice-versa (claro que, se estiver em cima, caso cumum, impede a passagem total). A questão é uma regra de segurança não se trata de um caprixo estupido ao contrario do estacionamento ao deus-dará. É LEI PONTO. Se existem passadeiras mal colocadas? É certo. Mas isso trata-se da mentalidade estupida portuguesa de que muitos automobilistas são exemplo, que ao fim de décadas de código da estrada ainda não o conseguiu perceber.
Fala alguém que não se esconde no anonimato.
PS: se acha que paga muito por parquimetros é apenas mais um que não entendeu a ideia. Não se sinta sozinho. Há de chegar lá um dia--
ResponderEliminar@Cidadão Anónimo desta Sociedade putrefacta, os impostos que você se queixa que paga, só os paga se os quiser (Neste caso paga-os porque tem carro. Deixe de ter carro e deixe de os pagar). No entanto eu pago ao estado pelos estragos que vocês fazem nos passeios, apesar de eu não os estragar.
ResponderEliminarE já agora antes a mentalidade de um chinês que a mentalidade de um troglodita que não sabe viver em sociedade e pensa que tudo é dele.
E para acabar: Essa de querer bater em quem cola autocolantes é ridícula! Primeiro tem que o conseguir, depois a sua matricula identifica-o bem, e pode ser que um dia ao acordar encontre o seu carro com uma nova pintura ou uns novos extras.
Aconselho-o vivamente a acabar o seu grau de ensino equivalente a uma 4ª Classe em regime nocturno à priori, para não nos depararmos com tais "pontapés na gramática" dignos de pré-adolescentes sem quaisquer vivências no mundo dos adultos, senhor Maxwell.
ResponderEliminarNinguém falou em bater, mas obrigado por mostrar a todos que tem consciência do mal que anda a fazer e saber as suas reprimendas. E sim, espero que risquem e maltratem muitas viaturas como falou, além dos autocolantes, até sair LEI que vos meta onde vocês pertecem.
ResponderEliminarBem hajam.
Até os pré-adolescentes são peões. Ainda bem que a sua gramática é perfeita. Só é pena ainda não conseguir ler os DESENHOS que eles põem nas placas para condutores.
ResponderEliminarQuando não se têm argumentos, deflecte-se para coisas supérfulas.
O das 12:54 é mais um ressabiado. Next...
ResponderEliminar@Cidadão Anónimo desta Sociedade putrefacta, não ameaçou em bater: "o próximo indivíduo que encontrar a deteriorar os meus bens, acredite que volte para casa com uma camada nova de pele, nomeadamente, com os ditos "autocolantes" a servir de nova camada dérmica." :-)
ResponderEliminarE já agora quem falou em riscar as viaturas e partir as viaturas? Quando falei em pintura nova estava a falar de amarelo e preto, que subentenda-se era de autocolantes (assim como os extras, no caso em vez de ser uma "pintura" nova - é que os autocolantes que tenho não devem chegar para uma "pintura", logo são extras) - Práticas que recomendo em caso de violência física tal como você disse que era apologista!
E não se preocupe com as leis. Afinal elas existem para vocês e vocês não as cumprem...
Por favor .... não só os peões pagam impostos como esta "senhora" que até trabalha (fantástico.. a maioria dos portugueses e portuguesas não deve saber o que isso será!!), como também pagam importos aquelas pessoas deficientes motoras, por exemplo também os pagam, não será?? Mas pronto... esta senhora com todas as suas dificuldades na vida (estacionar, por ex a sua bela viatura) tem todo o direito de estacionar onde quiser, obrigando peões a circular na estrada. Um conselho à senhora: tente estacionar no lugar do seu patrão!! porque afinal é ele quem lhe paga o ordenado para a senhora pagar os seus impostos ...
ResponderEliminarMaria Carvalho
É nos passeios e passadeiras, nos lugares para deficientes, em frente às bocas-de-incêndio, o pagamento «a tempo de horas» dos impostos dá para isso tudo, porém sei de um sítio o onde nunca ninguém estaciona, diz lá «RES PSP»... não sei o que quer dizer, mas nunca lá vi ninguém estacionado, vá-se lá saber porquê!
ResponderEliminarO texto da sra. parece muito educado, mas é só aparência. A sra. critica quem pôs o autocolante dando uma ideia da sua superioridade face à inferioridade da pessoa. Também demonstra preconceito e falta de cultura geral (nomeadamente não saber o que significa civismo), deve ser de trabalhar muito e andar muito tempo a passear os filhos no pópó. Só espero é que não estacione de forma abusiva muitas vezes quando está com eles, o país não precisa de mais veículos estacionados de forma abusiva no presente nem no futuro.
ResponderEliminarDevo dizer que está muito enganada em diversos aspectos:
A maioria das pessoas que se desloca de transportes públicos de forma regular tem um trabalho.
A maioria das pessoas que exige civismo são pessoas que trabalham, precisamente porque são as que mais de são conta dos actos de quem tem falta de civismo.
A maioria dos habitantes dos países desenvolvidos, incluindo Portugal, pagam impostos, estejam ou não a trabalhar.
A maioria das pessoas que age de forma cívica e o exige a outros não tem apenas as habilitações literárias de carácter obrigatório, o tipo de pessoas que normalmente não se limita a procurar um trabalho qualquer.
A maioria das pessoas anda a pé, tenha ou não carro. Algumas andam menos que outras, mas andar mais a pé não significa necessariamente não ter carro. Varia muito de pessoa para pessoa. E há até quem ande a pé e de transportes públicos de segunda a sexta e conduza um carro ao fim de semana, só para dar um exemplo.
Incrível…
ResponderEliminarSomos (portugueses) efectivamente os melhores.
Se bem percebi a ideia é quem faz pior que nós é que é o criminoso, certo?
Ainda por cima temos a atenuante de se pagarmos bem e a tempo os impostos somos merecedores de viver num país de número superior, e ainda ganhamos o direito de considerar que poderíamos “recambiar” os criminosos para os mundos de 5ª, é assim?
Não percebi bem a parte de como poderíamos aplicar este modelo, andávamos todos com a declaração de rendimentos para mostrar, de modo à autoridade poder decidir e provar quem é mais criminoso, com base na data e valor a pagar?
(duvida: será que a declaração era o papel apropriado, pois todos sabem que não é o melhor reflector dos reais rendimentos)
Ou será que pela maioria pensar/agir (“governado sabe-se lá por quem”) assim é que nos consideramos todos em 5ª.
Termino com votos de que a Sra. arranje muitos dos que não têm mais nada que fazer que é colar autocolantes para a ajudar e que nem directa, nem indirectamente, consiga “ensinar” os seus “futuro deste pais” que vale tudo desde que ou hajam piores que nós ou que tenhamos os impostos pagos.