Ausência de passadeiras em Campo de Ourique

«Caros Senhores,
abaixo transcrevo o texto que enviei por correio eletronico no dia 4 de Setembro passado para a Junta de Freguesia de Santo Condestável e para o Dep. de Espaços Publicos da Câmara Municipal de Lisboa.
Adicionei também uma foto exemplificativa do estado das ruas alcatroadas recentemente em Campo de Ourique:

"Bom dia Caros Senhores,
venho por este meio tentar saber junto de vossas Exas. o porque de não terem ainda sido pintadas passadeiras em todas as ruas de Campo de Ourique que foram alcatroadas e nas quais já foram pintados os lugares de estacionamento.
Há já mais de 3 semanas que a Rua Coelho da Rocha entre a Rua Ferreira Borges e a Sampaio Bruno, por exemplo, não tem uma única passadeira pintada.
Estando o piso novo e em óptimo estado, os condutores aceleram dentro do bairro colocando em perigo os peões, pois não estão habituados a ver os sinais verticais de passagem de peões."
Dos primeiros obtive uma resposta que referia "...já alertamos a C.M.L., que é o responsável, que nos informou que irá proceder a sua pintura mas que terá que passar algum tempo enquanto a película superficial do alcatrão não desaparece."

Dos segundos não houve qualquer resposta e a situação mantêm-se até hoje, tendo algumas ruas já sido alcatroadas há mais de 1 mês.
Esperando melhor atenção da vossa »
Contribuição de um leitor

10 comentários:

  1. Campo de Ourique é mesmo um caos no que toca ao transito/estacionamento automóvel e pior, quem lá mora acha que «consegue sempre um lugarzitio...»

    ResponderEliminar
  2. Cada vez mais me convenço que muitos autarcas (especialmente os das grandes cidades) vivem noutro mundo, completamente divorciados dos problemas reais dos munícipes - por vezes coisas pequenas, como o lixo não recolhido, uma passadeira por pintar, ou um passeio esburacado.

    Veja-se um outro caso:
    Santana Lopes foi eleito vereador, com a obrigação de fazer oposição - o que, com o caos em que Lisboa está, até é fácil.
    Alguém o ouve a discutir assuntos da capital?

    ResponderEliminar
  3. Antes de me enxergar, tipo S. Paulo, também achava que conseguia descobrir lugares onde mais ninguém os via...

    ResponderEliminar
  4. Lisboa, tendo em conta que é uma cidade portuguesa (onde vivem portugueses) nem está a ir por muitos maus caminhos.
    Veja-se o que foi feito ao trânsito na baixa ribeirinha e ao celeuma que isso tem causado nos automobilistas.
    Do ponto de vista das políticas autárquicas, e eu não tenho interesses nenhuns nesse âmbito, parece-me que estamos a evoluir.
    Onde se nota um decréscimo muito grande, e grave, é nos comportamentos individuais e, acima de tudo, na passividade das autoridades policiais.
    Hoje, por ex, no alto do Restelo, decorreram umas obras de melhoria do alcatrão, o que implicou a colocação durante todo o dia de 2 agentes da PSP/Trânsito, mesmo em frente de um local habitual de estacionamento em cima dos passeios (onde eu já ia sendo atropelado «no passeio»). Acham que pelo facto de estarem 2 policias de plantão todo o dia naquele lugar provocou alguma alteração nos hábitos de estacionamento? Nem os automobilista se preocuparam, nem os policias se chatearam.
    Porca miséria!

    ResponderEliminar
  5. Quem é o responsável criminal por esta situação se morrer alguém neste cruzamento?

    ResponderEliminar
  6. Para haver uma eventual responsabilidade criminal (e civil) pela ausência de «passadeiras», teria que haver um nexo de causalidade entre uma coisa e outra; no sentido de que o facto de não existir uma passadeira naquele local fosse condição «essencial» sem a qual não teria havido o acidente – o que me parece um pouco forçado, porque muitos outros factores influenciariam o acontecimento: a velocidade do automóvel, a distracção do peão, etc.
    Parece-me que um juiz iria considerar que uma pessoa diligente conseguiria atravessar aquela rua sem ser atropelado, pelo que , do ponto de vista da lei portuguesa (que podemos discordar, logicamente), não haveria responsabilidade do ente público.

    ResponderEliminar
  7. Esta situação ficou resolvida no início de Outubro, mas com algumas passadeiras ainda por pintar e outras pintadas de modo "criativo". Não que as passadeiras tenham melhorado em alguma coisa a falta de civismo de muitos dos habitantes do bairro que as julgam lugares privativos de estacionamento.

    ResponderEliminar
  8. A responsabilização criminal, nestes casos de negligência, não deve ser possível. Mas uma acção popular, com acusação de "negligência grosseira", já deve ser.

    -

    Noutro aspecto: quando os agentes policiais (ou os fiscais da EMEL, p.ex.) não actuam face a situações que estão debaixo do nariz, trata-se de algo como "denegação de justiça", que pode (e deve) ser penalizada.

    Um bom processo disciplinar (que, nos casos mais graves ou reiterados) levasse a expulsões seria remédio-santo.

    ResponderEliminar
  9. Porquê que em Lisboa, em vez de se fazerem passeios ou passadeiras para os peoes, nao se fazem só parques de estacionamento?
    Os peoes que se lixem...

    ResponderEliminar