Punir, dissuadir ou impedir?

Lisboa - Rua do Museu Militar
Fiada de carros bloqueados
.
QUANDO, uma vez por outra, o estacionamento selvagem é punido, já não é mau. Porém, para que a punição tenha um efeito dissuasor, ela tem de ser a regra, e não a excepção - e, mesmo assim, nem sempre. Quando se quer, de facto, impedir esse comportamento, a solução é o recurso a obstáculos físicos (que podem ter muitos aspectos, e não necessariamente pilaretes).
A pergunta que esta imagem suscita é, pois, a seguinte: se do lado esquerdo da rua isso foi feito (e o problema resolvido de uma vez por todas), porque não o foi, também, do outro?

17 comentários:

  1. Porque só havia dinheiro para um dos lados?

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  2. Estas multas (que são passadas de vez em quando) dariam para pagar vários pilaretes.

    O que sucede é que há ali carros do Exército. Quando algum deles estaciona em cima do passeio, ninguém é multado.

    Ed

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  3. Porque o peão é sempre o elo mais fraco e as autoridades pensam: "Ah, já fizemos deste lado, já é muito bom para os peões!!!"

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  4. Eduardo,

    Sim, e o outro lado serve para "facturar" uns cobres, de vez em quando...

    Ed

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  5. Podem ver-se algumas imagens de soluções alternativas aos pilaretes em:

    http://sorumbatico-longos.blogspot.com/2009/11/pilaretes.html

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  6. A gente é mesmo assim, é genético-cultural!
    Eu sou pelo punir.
    Assim não se perdia tempo com conversas da treta.

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  7. Nem sabem como estas fotos me agradam...
    Venham mais destas!

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  8. No post anterior (intitulado «Rima, mas não tem graça»), foi adicionada uma NOTA com link para duas outras fotos, tiradas há menos de uma hora no mesmo local.

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  9. A questão é muito simples: FOI UMA DECISÃO POLÍTICA!
    De um lado assegura-se a passagem aos peões, do outro lado deixa-se para os carros. Claro que como é ilegal os automobilistas estão sujeitos a que isto lhes aconteça. No fundo é uma grande bagunça. Pois criam a expectativa aos condutores de que se pode... e claro que não se pode.
    Quanto ao efeito dissuasor este só vale se a ameaça for efectiva, i é, se houver uma convicção de que se é realmente autuado e não uma «talvez seja»…
    JC

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  10. A propósito de "dissuasão":

    À minha porta, há um carro que era multado, pela EMEL, 1 ou 2 vezes por mês.
    Depois, passou a sê-lo todas as semanas. Recentemente, era quase todos os dias.

    Resposta para o mistério: o indivíduo limitava-se a NÃO PAGAR as multas, pois a EMEL não tem forma de as cobrar.

    Só recentemente teve problemas, pois foi bloqueado pela PM. Mesmo assim, só quando o reboque chegou é que ele se apercebeu que era a sério! Nesse dia, pagou. Mas já voltou ao mesmo, e a EMEL... desistiu de o multar!!

    -

    Um outro caso:
    Em frente à minha casa, a EMEL passa e multa (mais do que uma vez por dia) todos os carros que ali estão.
    Saem esses, entram logo outros.

    Isso dura há anos! A dissuasão não funciona, e esses 4 lugares são, actualmente, apenas uma fonte de rendimento (desde que alguns deles paguem...)

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  11. Cá pra mim era assim: disparar primeiro e perguntar depois.

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  12. Existem muitas ruas em Lisboa neste estado.
    Um exemplo perto da sede do PS é a Rua das Amoreiras odne fica o Ginásio Clube Português. Do lado do aqueduto há pilaretes e ninguém estaciona, do lado oposto, os utentes do ginásio estacionam em cima do passeio dificultando o transito e impedindo os peões de circular.

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  13. Sérgio

    São casos típicos que provam que, em muitos casos, o estacionamento selvagem só não é combatido porque "eles" não o querem fazer.
    Na realidade (pelo menos nesses casos) têm os meios necessários (incluindo verbas) para resolver o problema de uam vez por todas e não o fazem

    Será conivência com alguém ali perto (nomeadamente comerciantes)? Será incompetência?
    Ou será apenas um mealheiro?

    O mais certo é ser um pouco de cada, mas isso só prova que essa gente não está à altura do trabalho para a qual é paga.

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  14. Este participante do Passeio Livre não subscreve a afirmação categórica " a soluçao é ... " contida neste post. Sugiro alterar para " uma solução poderá ser "

    João B.

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  15. Multas, bloqueios ou reboques podem punir. Mas, enquanto essa punição sucede e não sucede, o mal está a decorrer.

    Assim, nos casos em que os carros não devem, absolutamente, estar num determinado lugar (como a bloquear o acesso a uma casa, p.ex.), só vejo duas soluções:

    Ou polícias 24h de plantão ao local (e, mesmo assim, terão de estar motivados!), ou um impedimento físico (tenha ele o aspecto que tiver - pode até ser um simples vaso com flores...)

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  16. ... pensando bem, mesmo esses hipotéticos "polícias de plantão" caem na categoria de impedimentos físicos...

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  17. É triste constatar que a educação e civismo estão em vias de extinção e que ninguém está efectivamente preocupado com isso; o que importa mesmo é retirar os carros de cima dos passeios, não importa como!
    Pergunto - Não ocupam igualmente o espaço que é supostamente reservado aos peões dificultando assim também a circulação dos mesmos, nomeadamente de invisuais e cadeiras de rodas, carrinhos de bébe,etc... esses pilaretes, canteiros, vasos, bancos ou lá o que seja?
    Para mim era rebocar, rebocar, rebocar e fica sem carta - não cumpre porque não sabe ou não quer então não é digno de possuir carta de condução(e só devia poder recuperar o carro perante comprovativo da renovação da carta ou contrato promessa compra e venda do carro...qq coisa do tipo ou um terceiro que se responsabilize e que fosse realmente responsabilizado se necessário). Disciplina e educação ensinam-se.

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