Querer "Passeios livres" também tem a ver com situações destas

TAL COMO no caso do agente a multar a vespa, também aqui não interessa muito saber onde a foto foi tirada, pois o que ela documenta é uma realidade existente em muitos outros sítios - fruto da ideia generalizada de que o espaço público (neste caso um passeio) pode ser apropriado por alguém, particular, em seu benefício.

16 comentários:

  1. Acho muito mais normal ocupar a rua com um sofá ou uma mesa para fazer um chrrasco ou simplesmente para estar a ler ao sol do que ócupá-lo com um carro.

    O facto de estando alguém a usar a rua sentado num sofá pode ser um exemplo de liberdade, caso essa pessoa ajude quem por alguma razão não consiga ultrapassar o obstáculo. (Por ex. invisuais ou pessoas de cadeira de rodas)

    Claro que no caso dos carros, o 'objecto' é abandonado ali até ao retorno do condutor.

    Viva os picnics e jantaradas no passeio público!

    ResponderEliminar
  2. Poupem-me...
    Foquemo-nos naquilo que é o objecto deste blogue e o principal problema dos peões: carros estacionados nos passeios e nas passadeiras.
    O resto é folclore e não deve ser aqui exibido.

    ResponderEliminar
  3. Caríssimo/a anónimo/a:

    Salvo melhor opinião, o título deste blogue é PASSEIO LIVRE, e o sub-título é QUERO ANDAR A PÉ! POSSO?

    Assim sendo, o facto de os carros serem o principal causador do problema, não quer dizer que sejam os únicos a fazê-lo:

    Motos, pedregulhos, baldes do lixo, jipes, camionetas, carrinhas, carroças, sofás, mupis, bocas-de-incêndio, tapumes, paragens de autocarro, restos de obras, andaimes, etc, podem provocar o mesmo problema - pelo que a denúncia dos casos que eles protagonizem poderia, também, caber aqui.

    Mas isso é a minha modesta opinião, evidentemente...

    ResponderEliminar
  4. onde é que se põe ali o autocolante? :)

    ResponderEliminar
  5. Pois...

    Eu já reparei que há pessoas que vivem completamente obcecadas pelos autocolantes.

    Ele é uma óptima ideia, é útil, é importante, é eficaz (também já coloquei alguns) - mas não é o único meio de combate ao flagelo. Este assume muitos aspectos, pelo que o mesmo deve suceder com a resposta a dar-lhe.

    -

    Já agora: se o combate ao uso indevido dos passeios se esgotasse no autocolante, não seriam aqui afixadas fotos anteriores à sua existência (como as das Amoreiras e da Av. dos EUA, p. ex).

    ResponderEliminar
  6. Concordo com o CMR, não são só os carros que incomodam os peões. Há que denunciar todas estas situações abusivas que relegam o peão para um canto obscuro dos direitos de cidadania.
    Há dias colei um autocolante num contentor do lixo (da GNR) que está sempre em plena ciclovia e já colei numa roulote.

    ResponderEliminar
  7. Pelo aspecto da imagem, dá a sensação de os móveis "estacionados" no passeio pertencem a uma loja... de móveis! É muito comum - e lá está o tal espírito tuga -, lojas de móveis utilizarem o passeio para servir de "montra" aos seus produtos. Se alguém passar na Rua de Alcântara, perto do nº. 33 (porque não me recordo bem o nº. da porta dessa loja), existe uma "exposição" de cadeiras, mesas, sofás, etc. em cima do passeio que até é um pouco "apertado" já que, quando os sofás são maiores, obrigam as pessoas a transitarem pela estrada. Penso que essa loja não tem o passeio "alugado" para a exposição e embora nós possamos contornar esses obstáculos, já tenho reparado que alguns invisuais dão sempre com a bengala no sofá, na mesa, na cadeira, coitados, o que lhes vale, no meio do seu infortúnio, é terem a bengalita à frente deles senão era canelada pela certa... É contra isto que eu me bato porque continuo a dizer, os passeios fizeram-se para os peões circularem e não para serem ocupados por objectos, sejam eles carros, móveis, postes, lixo, etc., como muito bem disse o CMR.

    ResponderEliminar
  8. Embora o "nosso problema" seja sobretudo causado pelos automóveis, o desprezo a que neste país são votados os peões (paralelo à primasia quase absoluta que é dada ao automóvel) é geral e não se esgota no problema do estacionamento abusivo.

    Se eu tiver de sair do passeio e pisar o asfalto para poder passar, tanto me faz que a causa seja um carro mal estacionado, um sofá ou outro objecto que impeça ou dificulte a passagem. Em qualquer caso, é o meu direito de peoa que está a ser desrespeitado.

    E infelizmente neste país também não faltam passeios obstruídos por esplanadas (licenciadas ou ilegais), quiosques (idem), produtos em exposição à porta de lojas (idem), árvores, contentores de lixo, painéis de publicidade, etc., etc., etc.

    Talvez o inacredítável desleixo das autoridades, polícia incluída, em relação aos passeios ocupados por automóveis, resulte de uma "visão" mais geral de que o passeio é mais ou menos secundário, e que de uma maneira ou doutra os peões lá arranjarão uma solução para passar se o passeio estiver bloqueado.

    Apesar do título geral (Passeio Livre), este blogue terá nascido a pensar na ocupação dos passeios pelos automóveis (ver texto que abre o blogue), mas é bom que não percamos de vista essas outras situações, que são muitas e existem por todo o lado.

    ResponderEliminar
  9. Ainda há momentos me deparei com um exemplo que não referi:
    Um vaso gigantesco, bem no meio do passeio.
    A planta que ele tinha era bonita, e a loja que lá o colocou deve ter achado que era uma mais-valia.

    Talvez fosse verdade se o colocasse junto à porta. E, mesmo assim, só do lado de dentro - pois há cegos que circulam bem junto às paredes, para se orientarem.

    Aliás, ainda há uma semana assisti a uma cena revoltante de uma cega, já idosa, completamente perdida, com a sua bengala, no meio de caixotes do lixo na Rua Francisco Sanches, ao Chile (em Lisboa).

    --

    Resumindo e concluindo:

    Desde que os passeios estejam obstruídos por uma acção humana e voluntária (tenha ela que aspecto tiver), a situação deve ser denunciada e combatida por todos os meios ao nosso alcance.

    ResponderEliminar
  10. Experimentem por um sofá no meio da estrada para verem a diferença de comportamento da Administração Policial…
    Ainda há tempo tive conhecimento de uma situação caricata:
    Um cidadão fez um passeio de calçada portuguesa em frente à sua vivenda, devidamente enquadrada com o PA. Logo que estreada a obra, o passeio começou a ser ocupado por carros. O dito proprietário da vivenda decidiu então colocar uns pilaretes no passeio. Entretanto, os donos de uma oficina vizinha, que utilizavam o passeio para estacionar, denunciaram a obra à Câmara e o proprietário, não só foi autuado, como teve de demolir os pilaretes.
    Passados vários anos, lá está o dito passeio, meio destruído pelos carros e os pilaretes oficiais nem vê-los…

    ResponderEliminar
  11. Bem observado e pertinente, este post. Não só carros e motas que ocupam os passeios e os espaços públicos criados para os peões.

    Quem conhece a Avenida D. Vasco da Gama/Avenida das Descobertas/Avenida do Restelo (é conhecida por vários nomes), logo no início da dita, no sentido ascendente do lado esquerdo, existe uma oficina de reparação automóvel, e é já habitual ver no passeio os carros dos clientes, meio-abertos, outros abandonados, outros para arranjar, tudo isto em cima do passeio. Quem quiser que se desvie, pois claro. O passeio fica sujo, com manchas de óleo e outros detritos provenientes do negócio do senhor mecânico, e como ficamos nós, peões? Ainda há uns tempos estive quase a cair redondo no chão ao escorregar num resto de óleo lubrificante que ficou no chão.

    Claro que toda a gente acha normal, e autoridades a meter a oficina na ordem: zero. Aliás, tenho muitas dúvidas se é legal para uma oficina de automóveis usar o passeio público como extensão do seu negócio...

    ResponderEliminar
  12. Um dia destes, divulgarei uma foto curiosa:

    Trata-se de uns vasos aproximadamente cúbicos que, com a terra e a planta respectivas, pesam mais de 100kg. Uma pessoa sózinha não os consegue mover. Mesmo duas, só com grande dificuldade.

    Pois bem; foram, em tempos, colocados por moradores a proteger a entrada de um pátio (com vários lugares de estacionamento) para evitar que carros, carrinhas, jipes e camionetas a bloqueassem.

    Passado algum tempo, esses vasos foram afastados e lá estão - agora encostados à parede, bem comportados...
    Como os pilaretes também não são colocados, o resultado é o que se imagina.

    Entretanto, a placa do Art.50º, a que correspondem coimas terríveis (segundo as nossas leis-da-treta), lá está, como letra-morta que devia envergonhar as "emeles", as PMs e os PSP.

    ResponderEliminar
  13. Este caso pode ser diferente... Mas onde encaixo os automóveis que estacionam em cima de ciclovias? como é o caso da nova cilcovia Cais de Sodré-Belém?

    CC

    ResponderEliminar
  14. Eu, se alguma vez vir um espectáculo destes, passo por cima do sofá semqualquer problema e as vezes que passar ali a frente.

    ResponderEliminar
  15. e porque não sentar-se no sofá? Se está no passeio é mobiliário urbano, é público!

    CC

    ResponderEliminar