AO CONTRÁRIO do que é habitual, neste caso não tem muito interesse saber-se o local onde a foto foi tirada. O importante é que é paradigmática de uma certa forma de actuar, por sinal comum à EMEL e à Polícia Municipal de Lisboa:
Tanto são capazes de passarem ao pé de situações escandalosas de estacionamento-selvagem e não fazerem nada, como darem vazão à sua autoridadezinha fazendo o que a foto documenta...
Tanto são capazes de passarem ao pé de situações escandalosas de estacionamento-selvagem e não fazerem nada, como darem vazão à sua autoridadezinha fazendo o que a foto documenta...
Este exemplo mostra bem a imbecilidade do que se opera cá. Em Barcelona, só para dar um exemplo, há uma certa tolerância para motociclos no passeio. Por existirem em grande número, é verdade, mas também porque não há carros nos passeios, e portanto há muito passeio para usar. Reparei também que os peões são compreensivos quanto a isto (bicicletas e motociclos nos passeios) e a coisa funciona.
ResponderEliminarSim. E como, decerto, estes agentes cumprem ordens, a imbecilidade trepa pela hierarquia acima... como uma hera.
ResponderEliminarDigamos que entrámos na "era da tontice"
é só para rir..........
ResponderEliminarIndependentemente de concordar que é de facto um exagero a situação da fotografia (embora esta não mostra todo o cenário, poderia haver alternativas perto), não podemos fechar os olhos aos problemas que as motos e bicicletas indevidamente estacionadas possam provocar aos peões, principalmente aos invisuais.
ResponderEliminarO argumento de que «há muito passeio para usar» é exactamente o mesmo que muitos dos automobilistas exaltados evocam aqui.
Temos que ter bom senso e igualdade de critérios!
Sim, e "motos a bloquear passeios" é um tema que tenho abordado muito.
ResponderEliminarMas o que está em causa é o que, em repressão, se chama proporcionalidade de meios, algo que a EMEL e a PM parecem não saber o que é.
Há menos de 20 minutos, estive a ver um fiscal a multar carros sem o pagamento regularizado, e a ignorar completamente outros, em cima dos passeios.
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E há vários graus de repressão:
Pode bastar a presença do agente, ou mesmo uma advertência. Ou pode ser necessário multar, bloquear ou mesmo rebocar.
Ora, o que se vê, é que esses meios são aplicados sem critério.
Tenho inúmeras fotos (muitas vezes em sequência) que o comprovam. É só pedi-las.
Claro que a lei existe e deve ser aplicada a todos e não apenas a alguns. Pelo facto de um motociclo, Vespa, bicicleta ocuparem menos espaço em cima do passeio, não devem estacionar em cima dos passeios porque, pelo Código da Estrada, é proibido. Digo isto com conhecimento de causa porque durante mais de 3 décadas andei de moto e nunca estacionei em cima do passeio, mesmo que ele tivesse 5 metros de largura. Agora, multar o proprietário de uma Vespa quando, eventualmente nas proximidades devem estar dezenas de carros estacionados em cima do passeio... é obra! Mas enfim, é a Tugulândia que temos com todos os defeitos e virtudes...
ResponderEliminarE ainda podemos questionar-nos se o segway está bem estacionado!
ResponderEliminarNa realidade, ele é, tal como a vespa, um veículo motorizado de 2 rodas!
A verdade é que não há critérios de autuação, que dêm primasia às situações mais graves - ou se os há, não são respeitados.
ResponderEliminarNunca percebi a lógica de fiscalização da EMEL e da polícia: os agentes preferem sempre multar um carro estacionado no local devido mas cujo dono não pagou o parquímetro, do que um carro ilegalmente estacionado ali ao lado, em cima de um passeio.
É incompreensível.
Do ponto de vista da justiça relativa, o segundo caso (carro no passeio) é muito mais grave, e portanto a prioridade devia ser autuar este e não o contrário.
Do ponto de vista da receita, tanto faz multar o condutor que não pagou o parquímetro como multar o que estacionou no passeio. O valor da multa será, penso eu, igual.
Do ponto de vista da eficácia, seria muito mais inteligente começar por multar os carros estacionados em cima do passeio.
Se se insiste um multar só os que estacionam no local devido mas sem pagar o estacionamento, estes acabam por preferir estacionar no passeio. E nessa altura não serão multados, porque infelizmente é essa a nossa realidade.
A prioridade devia ser multar aqueles que estacionam no passeio para fugir ao pagamento do estacionamento, para então multar os que simplesmente não pagam o estacionamento.
Isto, claro, no pressuposto de que é preciso optar entre multar uns ou outros, por não ser possível multar todos.
Temos uma polícia muito pouco inteligente.
o segway pode circular em cima do passeio ???
ResponderEliminaré um veiculo motorizado de 2 rodas...
Infelizmente há um parecer jurídico do Ministério do Administração Interna (?), quanto a mim totalmente ilegal, a dizer que é legal para os segways andarem sobre os passeios. Enfim...mas um exemplo do desprezo a que são votados os direitos dos peões em Portugal!
ResponderEliminarDe facto nem 8 nem 80. É ridiculo.
ResponderEliminarA vespa não deve incomodar (até porque o passeio parece ser largo), como incomodaria um carro.
Cada um comenta com entende, mas há situações bem piores, como todos sabemos, onde a polícia faz vista grossa. Em Lisboa, muito poucas são as ruas que se podem "orgulhar" de não ter uns carritos em cima dos passeios e nas passadeiras.
Situações como hoje assisti, aí sim, a polícia devia tomar atenção. Um animal de duas patas estava dentro da sua lata, bem em cima do passeio á sombra de uma árvore (como se estivesse no campo), com o bracinho de fora a apanhar ar, e em seu REDOR pelo menos contei 5 lugares legais e assinalados no chão, onde não incomodava ninguèm. Deixou uma passagem estreita para duas pessoas se cruzarem.
Aqui seria o 80 e de que maneira.
Se rebocassem o carro com o ocupante, só poderia ser levado para o Jardim Zoológico, penso eu ...
LC
LC,
ResponderEliminarO passeio, ali, tem 7 a 8 metros de largura.
A expressão "motos a bloquear passeios" é válida, mas não deixa de ser infeliz... Sabem o que me passa pela cabeça quando ouço estas expressões?? O tuga a pé, a atravessar fora da passadeira (porque esta está muito longe, e não porque tem lá um carro estacionado), o tuga a "escarrar" para o chão, como se estivesse em casa, o tuga a mandar a beata do cigarro para o chão, e a esconder debaixo da areia o papel do gelado, porque não se quer levantar da toalhinha... O tuga gosta é de mandar vir, e apesar de também estar a mandar vir, é mais um desabafo de toda a mesquinhice que temos no nosso país. Só se pensa em vingança, se ele faz, eu também faço, se ele estaciona no "meu" passeio, eu passo por cima do carro "dele". Como automobilista, nunca estacionei indevidamente, como motard, estaciono sempre em lugares dispostos para tal (existentes hoje em dia num radio do 100 metros de zonas frequentadas por muita gente), e como peão, atravesso nas passadeiras e sempre quando a sinalização está verde para o peão. Não escarro para o chão, e o possível lixo que tenha, vai no bolso até ao próximo caixote do lixo por onde passe. Não mando vir com os outros porque isto ou aquilo... tento fazer o melhor que posso, e todos deviam fazer o mesmo em vez de andarem aqui a mandar vir com tudo e todos.
ResponderEliminarPS: Sou português, mas não me considero tuga...
O mais curioso deste caso é que, e tanto quanto me é dado saber, o Segway usado por este agente de Polícia Municipal não está homologado para circular na via pública. Quem o faz, a Direcção Geral de Viação ou organismo equivalente, ainda não o fez. Daí, também, o não haver regulamentação para o seu uso e, apesar de poderem atingir velocidades consideraveis em solo plano, por vezes bem mais que um mediano ciclista, não estarem nem registados nem matriculados.
ResponderEliminarE os carros da PM a andarem no passeio marítimo de Cascais? Pois, bicicletas não podem, mas os carros da PM sim.
ResponderEliminarNão estou a ver como o pessoal defensor de passeios livres possa censurar a multa. A mim apetecia sacudir a moto do passeio fora, ou não está a estorvar? não é falta de respeito? um gajo cego ou distraido não bate nela e magoa-se?
ResponderEliminarAmigo das 6:00, já agora tirem também os pilaretes e postes de iluminação, uma gajo cego também pode ir contra eles e aleijar-se....
ResponderEliminarSinceramente......
Anónimo das 16:41
ResponderEliminar"Tocou no ponto":
Hoje mesmo, tive de auxiliar mais um cego perdido num passeio - desta vez, foi junto ao n.º 41 da Av. de Roma, em Lisboa.
Só entre os nº 39 e 43, ele teve de lutar contra:
2 grandes vasos, 2 marcos do correio, 3 candeeiros, 1 parquímetro da EMEL, 1 caixa da EDP (ou da TVCabo), 2 postes de sinalização de trânsito e, mesmo no fim... um monte de caca de cão. Mais adiante, evidentemente, esperavam-no outras surpresas semelhantes.
Tenho isso documentado; poderei enviar as fotos a quem mas pedir.
ó amigo das 16.41h, eu digo que sim, tirem também os pilaretes e postes de iluminação. Mas a mota tem rodas e é mais fácil. Sr Carlos MEdina Ribeiro, porque não envia para o peao.exaltado@gmail.com?
ResponderEliminar19:12
ResponderEliminarVeja 'post' afixado há pouco.
Essa da tolerância e do bom-senso é muito bonito mas inaplicável. Existem tantos "bom-sensos" e sentidos de justiça quantas pessoas. Não vale a pena entrar por aí.
ResponderEliminarOu há regra e se cumpre ou há arbitrariedade. É o preço a pagar pela civilização.
Não se trata disso. Trata-se apenas de proporcionalidade e de sentido de prioridades:
ResponderEliminarEsta gente é capaz de gastar 10 ou 15 minutos para multar uma vespa, e deixar impunes (como acabei de ver, nesta mesma rua) os carros que impedem (ou dificultam) a passagem de um cego.