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APANHADOS EM FLAGRANTE* (2)
Rua Quinta das Palmeiras (junto ao C.C. Palmeiras), Oeiras, 24/6/2009.
Acabou de chegar, pôs o carro todo no passeio, ligou os 4 piscas (na 1ª fotografia são visíveis as luzes) e foi à sua vidinha. Para quem não sabe, os 4 piscas significam: "Isto agora é meu! Enquanto os piscas estiverem ligados, ninguém anda mais neste passeio!".
A 2ª fotografia mostra 4 lugares de estacionamento (gratuitos) vazios. Distância: 20 metros. Nesse parque (repito, gratuito), havia mais 10 lugares vagos. Falta de alternativa? Ou falta de respeito?...
[*Série de fotografias tiradas a carros acabados de estacionar no passeio ou na passadeira e com alternativa de estacionamento a poucos metros. Para acabar de vez com o mito de que o estacionamento nos passeios se deve à falta de alternativa de estacionamento. É, em primeiro lugar, uma questão de MENTALIDADE]
Não tenho fotografias mas tenho algumas histórias com essas senhoras e senhores que estacionam em cima do passeio com lugares vagos a escassos passos. Uma senhora, quando lhe perguntei se havia alguma razão para estacionar ali quando, no lado oposto, na mesma altura da rua, havia um lugar vago, ergueu o dedo e disse, muito altiva: "em primeiro lugar, vou sair daqui a pouco, em segundo lugar, não quero encher o carro de porcaria" (a "porcaria" eram umas florzinhas amarelas que caiam das árvores que faziam sombra àquela rua). Outra, mais humilde: "É que ali tenho que fazer marcha-a-trás e não tenho muita prática"; outra, a quem ofereci o lugar à sombra onde deixara o meu próprio carro (ia saír naquele instante), a 30 metros de onde ela estava a estacionar, recusou com um esbravejar qualquer que não cheguei a perceber. Todas me desafiaram a chamar a polícia. Sabiam do que falavam. Não quero tirar conclusões daí mas a verdade é que os dois condutores homens a quem chamei a atenção reconheceram o erro e usaram os lugares que eu (que também sou homem) lhes apontei.
ResponderEliminarA alminha que estacionou aqui, quando abria a porta do carro, viu-me de telemóvel apontado para o dito cujo, quando me preparava para tirar a primeira fotografia, e fez cara de quem não hesitaria um segundo em disparar um tiro se tivesse uma pistola à mão. Achei por bem esperar uns segundos para tirar a fotografia...
ResponderEliminarTenho apanhado muitos condutores "em flagrante", mas muitas vezes não chego a conseguir fotografar.
Que tal tentarem fazer o mesmo. Um dia teremos uma linda colecção de situações para remeter à PSP e às autarquias, para lhes tentar abrir os olhos.
JF
Essa rua em particular é famosa. Se passarem lá reparem num BMW azul parado há quase 1 mês em cima do passeio. E o lixo à volta dele no chão. Polícia nem vê-la.
ResponderEliminar"Que tal tentarem fazer o mesmo. Um dia teremos uma linda colecção de situações para remeter à PSP e às autarquias, para lhes tentar abrir os olhos"
Eu faço questão de mandar muitas para a câmara e polícia. Já é hábito meu há muito tempo. Mas, claro que nada é feito...
Quando eu disse "fazer o mesmo", é fotografá-los no momento em que estacionam e fotografar os lugares livres, para que não fiquem dúvidas de que no momento em que estacionaram tinham alternativa. Porque há muitos chico-espertos que dizem "agora há lugares, mas quando estacionei não havia"...
ResponderEliminarA polícia tem ido nesta conversa
Mesmo não havendo lugares, nada justifica isso e a polícia tem a obrigação de não ir na conversa. Nesse local especificamente, existem vagas do outro lado do Palmeiras, e se houver, azar, procurem mais longe.
ResponderEliminarNo que se refere à diferente reacção dos condutores quando interpelados, tendo em conta o SEXO do prevaricador, também tenho umas experiências no mesmo sentido do 1.ºcomentário:
ResponderEliminarÀ porta da escolinha do meu filhote, de vez em quando lá apanho alguém a estacionar mesmo em cima da passadeira, quando confrontados com a possibilidade de estacionar noutro sitio (há sempre lugares a poucos metros) as reacções diferem. Não será propriamente um estudo estatístico, mas da meia dúzia de interpelações que fiz os homens ficam sempre «encavacados» e lá iam estacionar como deve ser; enquanto que as mulheres ficam com um «ar irado» e NEM UMA se dignou a mudar o carro.
Tentei várias aproximações, desde mandar «bocas pró ar», a uma abordagem directa do género:
«eu não sei o que a outras pessoas pensam, mas eu acho mal que a senhora estacione em cima da passadeira».
Os comportamentos só começaram a mudar quando, milagrosamente, começaram a aparecer uns autocolantes irritantes colados nos vidros.
A dita rua tem três creches, em todas o estacionamento é um caos de «mete o carro o mais dentro do edifico possível», com excepção daquela onde há um pai que cola autocolantes do PL!
BEM HAJAM NÓS!
JC
Realmente era um tema interessante para se aferir cientificamente.
ResponderEliminarAgora com os mestrados de Bolonha e com a quantidade de malta que os anda a fazer na área da mobilidade, seria uma ideia interessante provar realmente se a mulher tem comportamentos mais egocêntricos no transito em geral (e no estacionamento) que os homens; pois também tenho as minhas ideias no mesmo sentido dos comentários anteriores, nomeadamente quanto às cedências de passagem e ofensas (mostrar o dedo, etc) a outros condutores.
Uma vez um amigo disse-me que as mulheres abusam porque sabem que os homens não vão sair do carro para lhes dar uma cabeçada como fariam se se tratasse de outro homem.
Até ao dia...
Anónimo das 10:28:
ResponderEliminarEm 22/6, enviei uma mensagem à PSP de Oeiras, alertando para um carro (um Peugeot 107 preto) estacionado em cima de um passeio, no enfiamento de uma passadeira, na Rua Doutor José Carlos Moreira (junto ao cruzamento com a Rua Quinta das Palmeiras). O carro estava com um dos pneus completamente em baixo e bastante amolgado, pelo que até pensei que tivesse sido roubado e abandonado ali.
No dia seguinte, recebi duas mensagens de resposta da PSP (de diferentes agentes!): tinham contactado o proprietário do dito carro, que morava na moradia ao lado do sítio onde o carro estava (!). O dono disse à polícia que tinha perdido as chaves e que só estava à espera que a Peugeot lhe enviasse novas chaves. A PSP engoliu esta justificação, ignorou o pneu completamente em baixo e o facto de o carro estar em cima do passeio e no enfiamento da passadeira, e limitou-me a transmitir-me isto (com muita delicadeza, aliás).
Fui passando pelo sítio e o carro lá continuava. Decidi esperar um mês. Dia 23/7 enviei mensagens aos dois agentes em causa, desta vez pedindo que o carro fosse rebocado, porque era inadmissível que estivesse há mais de um mês em local proibido, em cima do passeio, ao lado da passadeira, a incomodar os peões, ainda por cima quando a moradia do dono tinha lugares de estacionamento privativos.
Ontem, recebi mensagem de um dos agentes: voltou a contactar o dono e lá conseguiu que o carro fosse retirado do passeio. Depois desculpou-se: "Esta Polícia, desde o momento que foi apresentada a 1ª queixa, de imediato procedeu às diligências atinentes e, fazendo fé nas declarações dos cidadãos, intuiu que a viatura sairia do local logo que fosse efectuada a entrega de nova chave de ignição".
Escusado será dizer que multa, não houve...
Mas o carro saiu...
Por acaso o meu telemóvel não tira fotos, mas quando vejo um energúmene finjo tirar uma fotografia, o que algumas vezes faz com que mudem de lugar
ResponderEliminarEu não tenho a menor dúvida de que a PSP de Oeiras é orientada a tolerar todos os abusos no que se refira a estacionamento. Moro perto da esquadra de trânsito da PSP, passo por lá todos os dias e todos os dias vejo o passeio em frente à esquadra tomado por carros.
ResponderEliminarAté às eleições, durante quase três meses, não vamos conseguir qq ajuda das autarquias para a causa do MPL. Os autarcas não querem fazer guerra, que seria justa e legítima, aos automobilistas descuidados(que são votantes), com receio de perderem votos.
ResponderEliminarEnquanto cidadãos e munícipes, devemos contactá-los para que no seu programa eleitoral, assumam a responsabilidade e intenção de acabar com este regabofe selvagem nos passeios dos seus municípios.
Quanto a Lisboa, ainda ontem ouvimos o presidente e candidato do PS, afirmar que para ele, a prioridade são as pessoas, os peões, e os transportes públicos, e em segundo plano está o automóvel particular que invade a cidade todos os dias aos milhares. Boa vontade não falta ...
LC
"Quanto a Lisboa, ainda ontem ouvimos o presidente e candidato do PS, afirmar que para ele, a prioridade são as pessoas, os peões, e os transportes públicos, e em segundo plano está o automóvel particular que invade a cidade todos os dias aos milhares. Boa vontade não falta ..."
ResponderEliminarE o pai Natal é angolano...
LC, essa que ouviu do presidente e candidato do PS, já ele tinha anunciado há mais de UM ANO, a TOLERÂNCIA ZERO ao estacionamento selvagem em Lisboa. Que foi feito entretanto? NADA!!! Ainda acredita na conversa da treta destes políticos?
ResponderEliminarFG, o que ele disse é que ia haver tolerância zero para o estacionamento em segunda fila nas avenidas novas, e só isso. A tolerância zero acabou num instante, mas sejamos justos, ele não disse mais do que isso.
ResponderEliminarQuanto ao debate de 3ª feira, foi, quanto a este assunto, um desânimo. A única coisa que achei verdadeiramente positiva foi o anúncio, por António Costa, da criação de uma rede de transporte escolar. Isso é muito importante.
Então e o facto apontado de as «meninas» serem mais prevaricadoras, ninguém comenta?
ResponderEliminarAs "meninas" com cadeirinha de bebé são das piores. Faz aos outros o que não queres que te façam a ti...
ResponderEliminarUma coisa é certa, seja com o Costa ou outro, há que insistir com os autarcas e polícias para que esta bagunçada acabe de uma vez por todas.
ResponderEliminarNão somos ingénuos ao ponto de acreditarmos que é desta, ou seja que o problema que apresentamos diariamente aqui e não só desde Março, que se resolva a partir de Outubro. Não pararmos de mostrar a nossa razão às autoridades, penso que deve ser o caminho a seguir.
E por falar em meninas, ainda à pouco assisti a uma manobra de uma menina a meter um jipalhão de uns cinco metros em cima do passeio até aos prédios, que quase não dava para se passar, isto com dois lugares vazios. Pasme-se!
Um deles era precisamente nesse lugar, mas arrumado na rua em paralelo ao passeio, e o outro era uns seis metros mais à frente.
A menina não teve para se chatear e meteu o "buldozer" a direito, despreocupada, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Ela sabe que não há multa!!
Pura preguicite, ou talvez muita falta de jeito para arrumar o "camião".
Por sinal até já pedi à Câmara, a colocação de uns pilaretes para aquele sítio, e mais dois ainda.
A quem devemos recorrer?
Á boa vontade de alguns automobilistas não é.
Só nos sobra as autoridades.
LC