A genealogia do estacionamento abusivo

Último sono no carro para garantir lugar à borla

Estacionar sem pagar parquímetro é quase uma miragem e obriga a muitos sacrifícios

São muito poucos os lugares gratuitos em Lisboa. As zonas periféricas, Sete Rios, imediações do Colombo e Cidade Universitária são as melhores opções. Mas, no centro, há uma "ilha" escondida perto do Marquês de Pombal.

Fazendo contas à vida, e tendo por base um horário das 9 às 18 horas, chega-se à conclusão de que quem quiser estacionar em Lisboa terá de desembolsar uma verba em parquímetro superior a 10 euros/dia. Ou seja, mais de 200 euros mensais. Uma conta demasiado elevada, à qual há que somar o preço do combustível, e que faz com que muita gente opte por se levantar mais cedo que o necessário para garantir um dos poucos lugares disponíveis na cidade, ou na periferia, onde é possível deixar o carro sem gastar um euro.

Estes casos são tão poucos que há mesmo quem opte por chegar duas horas mais cedo e dormir este tempo no banco do seu automóvel. Este fenómeno é evidente na zona de Sete Rios, onde, em frente ao Jardim Zoológico, ou na parte sul da avenida, sob o viaduto do Eixo Norte-Sul, há ainda parques de estacionamento não taxados. A opção é seguir depois, no metro, para o centro da cidade.

Para os que não estão para madrugar, e não se importam de fazer uma espécie de "todo-o-terreno", há um baldio, frente às Torres Gémeas, também na zona de Sete Rios, onde cabe mais de centena e meia de automóveis. Aqui, o estacionamento é gratuito, mas convém ir amealhando a poupança em parquímetro para a oficina, porque o piso, em terra batida, está cheio de buracos e declives, que não dão "muita saúde" à suspensão dos automóveis. Ainda assim, para garantir lugar, o melhor é não chegar depois da 8.30 horas.

A Cidade Universitária é outro dos locais onde os parquímetros não chegaram. Aqui não será preciso chegar tão cedo, mas é necessário andar um pouco mais para chegar ao metro.

Se na Baixa é praticamente impossível encontrar um só lugar disponível - as excepções, que se contam pelos dedos, são casos isolados de sinalização vertical mal colocada, que deixam um lugar livre - há uma "ilha", bem perto do Marquês de Pombal, onde se pode estacionar o dia inteiro sem pagar: um logradouro entre prédios das avenidas António Augusto de Aguiar e Sidónio Pais, com entrada e saída por dois túneis na primeira.

Neste último caso, onde caberão umas quatro ou cinco dezenas de automóveis, a excelente localização - nem é preciso metro para chegar ao centro - acarreta igualmente "efeitos secundários". O piso, tal como no baldio de Sete Rios, é irregular e, como o espaço é pouco, obriga por vezes a "gincanas" apertadas para não deixar marcas no carro do vizinho. Também aqui, para garantir lugar, o melhor é chegar cedo - antes das sete da manhã - e depois dormir o último sono dentro do carro. Uma espécie de "hotel a céu aberto", que funciona às primeiras horas da madrugada, que qualquer dos moradores conhece.

Menos recorrentes são os casos do Parque das Nações, nas avenidas junto à Estação do Oriente, e na Segunda Circular, nas imediações do Colombo. Neste último caso, afiguram-se duas opções. Na Rua Dr. João Couto, paralela à Segunda Circular, onde é possível deixar o carro sem galgar terrenos baldios e em lugares perfeitamente identificados, ou então, no parque improvisado, junto à Avenida do Colégio Militar.


Mais um sintoma claro da actual banalização do estacionamento abusivo. É o próprio JN que propõe alternativas ao estacionamento pago, fomentando não o pagamento dos parques automóveis apropriados mas dizendo aos seus leitores que há possibilidades, perante o "enorme" sacríficio dos 200 euros mensais, de estacionamento taxado e não multado. Isto se quiserem acordar algumas horas mais cedo e optar por dormir no automóvel.

A sugestão de transportes públicos não é sequer uma alternativa. Parabéns ao jornalista pela sua visão estratégica.

Contacto do JN para esclarecimentos ou críticas: jn.online@jn.pt, pais@jn.pt, secdir@jn.pt

26 comentários:

  1. Não defendo o estacionamento abusivo, como é óbvio. Contudo não vejo mal na sugestão que é feita no artigo do JN se as pessoas a isso estiverem dispostas. Para si pode não ser enorme o sacrifício de 200 euros por mês, mas há pessoas a quem não sobram 5 euros no fim do mês, logo esses 200 euros são mesmo um ENORME sacrifício.

    Não me entenda mal, pois tenho acompanhado o seu blog e apoio a iniciativa. Contudo não pude deixar de discordar com a sua opinião acerca do artigo e do sacrifício de 200 euros que para muita gente até é quase metade do salário.

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  2. "São muito poucos os lugares gratuitos em Lisboa."
    Quem escreveu isto está a gozar, certo?

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  3. Se 200 euros são sacrificio, porquê estar alimentar o animal de estimação preferido da família - o automóvel, se 200 euros é muito esforço então os transportes públicos são uma boa alternativa à carteira, à falta de espaço além do mais se andar de casa para o transporte e do transporte para o emprego e andar mais a pé também poupa todos os meses no ginásio, talvez passe até a ver a cidade como um potencial ginásio ao ar livre. A meu ver é tudo uma questão de prioridades na vida de uma pessoa.

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  4. Um senhor que tem alguns negócios aqui perto , coloca o carro TODOS OS DIAS (incluindo fins-de-semana) em estacionamento proibido durante 10 - 12 horas.

    Em média uma vez em cada 10 dias é multado pela EMEL.
    Mesmo que pague as multas de 30 Euros (e sabe-se que 30% dos multados não o fazem.), sai-lhe muito mais barato do que os 10 euros de estacionamento diário.

    Sem falar da trabalheira de arranjar moedas a toda a hora...

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  5. @ afectado: compreendo o seu raciocíno mas há dois pontos na notícia que me parecem colocar a sua credibilidade em causa (e por isso escrevi que é um sintoma do actual estado de coisas, onde tudo é analisado do ponto de vista do cidadão-automóvel). São eles:
    1) é parcial porque não sugere sequer alternativas ao transporte individual; 90% dos barcos da SOFLUSA, por exemplo, estão à espera de clientes.
    2) se pretendia uma análise económica, ao referir o rombo de 200€ no orçamento, porque não referiu o jornalista o custo do automóvel para o seu proprietário e o custo do automóvel para a sociedade em geral?

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  6. esclareço que os 200 euros para além de serem nauralmente caros (e muito baratos para qualquer país Europeu), são ilegais!

    É ilegal recarregar o parquimetro, apesar de a EMEL não fiscalizar este tipo de actividade anti-regulamentar. Os parquimetros são para curta duração e para um máximo de 4 horas (um perido imenso comparado com qq cidade europeia).

    Se os Portuguêses são pobres (e são)o mais barato é mesmo o TP, como ou sem combinação de Parque Dissuasor.

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  7. TMC,

    1) Não abordei essa perspectiva pois eu não sou de Lisboa. Sou de Braga, e apesar de em certas alturas me deslocar muito ao serviço da empresa ou quando estou em passeio, regra geral é mais pelo norte e centro. Contudo, e falando apenas da realidade que conheço muito bem, a de Braga, não se pode falar nos transportes públicos antes de estes cumprirem eficientemente o seu trabalho e realmente permitirem a uma pessoa deslocar-se com facilidade. Na minha anterior empresa, demorava 15 minutos de casa aos seus escritórios (não apanhando muito transito, como era mais ou menos normal). Se fosse de transportes públicos teria que apanhar dois, com horários não encaixados e depois fazer um percurso de cerca de meia hora a pé (em passo acelerado). Portanto só se pode falar numa perspectiva que não seja cidadão-automóvel quando existir outra possibilidade. Claro que falo pelo caso que conheço... em Lisboa a rede de transportes públicos até pode ser fiável e atractiva.

    2) Referir o custo do automóvel para o seu proprietário era desnecessário se estivermos a falar da alternativa estacionamento em parques pagos (como referido no post) pois teria esse custo na mesma. O custo do automóvel para o seu proprietário é o mesmo, quer seja num estacionamento pago quer seja num não pago. Quanto ao custo do automóvel para a sociedade em geral, concordo consigo apesar de achar que isso seria muito complicado de se fazer de forma precisa e correcta.




    O artigo do JN não defende o estacionamento abusivo. O que refere são sacrifícios que as pessoas fazem para conseguirem lugares não pagos (o que não é necessariamente igual a estacionamento abusivo).

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  8. Nisto há que concordar, se na capital os problemas de mobilidade com os transportes públicos são o que são, nas restantes cidades então o cenário é bem pior.
    JC

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  9. mas são capazes de acordar 2 horas mais cedo para garantir o lugar para o popó, mas levantar 30 minutos mais cedo (ou não) e ir de transportes públicos é que não, que isso da uma trabalheira e não é nada pratico.

    essas pessoas são mesmo escravas dos seus carros

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  10. nao percebi muito bem o artigo, ou melhor a critica ao mesmo. Eu parto do principio que quem abdica de algumas horas de sono para nao pagar 200€/mes é porque nao tem outra hipotese de deslocação. E isso é uma realidade meus caros, um automovel hoje em dia é um bem basico para muita gente, principalmente quem vem trabalhar para a cidade vindo de longe. Experimentem viver fora de lisboa.

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  11. Isso de viver fora ou dentro das cidade é «conversa da treta», há sempre alternativas ao carro, até na aldeia mais escondida de Trás-os-Montes; o que as pessoas não abdicam é do conforto de ir dentro do pópozinho com a sua musiquinha e o ar condicionado ligado. Mas olhe meu caro, todo o pescador tem direito a pescar, mas não é por não haver locais para pescar que lhe dá o direito de ir pescar para o Oceanário.
    O seu direito ao comodismo acaba no meu direito em circular no passeio.
    Experimente deixar o carro em casa, vai ver que só custa ao princípio e logo se habitua e, garanto-lhe, que irá notar a diferença na carteira, no ambiente e todos agradecemos!
    JC

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  12. Experimentem viver dentro de Lisboa.
    Um carro novo custa em média 500 euros por mês (manutenção, gasolina, perda de valor a 20% ano). Este valor compensa a renda ou compra de casa mais cara no centro cidade. Mais horas de sono, menos stress e sem incomodar todos os outros.

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  13. Caro afectado, quem demora 15 minutos de carro até ao lugar que trabalha, se estivesse num país nórdico, faria esse trajecto de bicicleta. 2 transportes públicos + 30 minutos em passo acelerado para compensar 15 min de carro?? Essa história está muito esticada não?

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  14. Caro anónimo das 11:27, não andei a cornometrar os tempos que fazia de carro. É possível que não fosse 15 minutos, mas sim 17-18. Faz assim tanta diferença? Se estivesse num país nórdico faria o trajecto de bicicleta? Duvido. Tendo em conta a subida muito prolongada e acentuada seguida da devida descida, duvido muito. Mas pronto, se fosse você, faria. Aliás, até o deve fazer no seu dia-a-dia.

    Quanto à parte dos transportes tem razão. Depois de ver o seu comentário até perguntei a opinião a um colega. Ele disse que eu devia estar tolinho. 30 minutos só se for a correr mesmo. Ele disse que pelo menos 45 minutos serão necessários.

    História esticada? Tinha alguma necessidade disso? Por favor...

    Se em vez de procurar uma falha no que eu relatei, tivesse raciocinado sobre a situação, era capaz de ter chegado à conclusão que o caminho que eu percorria de carro não é percorrido por transportes publicos. Ou seja, e para ficar claro para si, eu se for de carro vou por um caminho que me permite chegar ao destino em 15-18 minutos (dependendo do trânsito, como é óbvio). Se for de transportes publicos, tenho que dar uma volta enorme! E sim, tenho mesmo que apanhar 2 autocarros (que nem têm horários encaixados) e depois ou apanho um taxi ou ponho os pés a caminho e demoro 45 minutos a andar bem.

    Veja lá, se continuar a achar que a história está esticada, posso mostrar com imagens do google earth e acompanhar com umas continhas para que nada lhe falte.

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  15. por acaso até faço todos os dias parte do percurso de bicicleta. o resto faço de transportes. não é por não ter carro, pois tenho. é por uma questão de saúde, economia e lazer. subidas, não são problema. em lisboa é a maior desculpa que inventam para não largar o carro. mas estatisticas recentes provaram que a cidade é tão circulável como qualquer outra. no fundo é tudo uma questão de levar o carro até à porta.

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  16. essa teoria dos TP é boa, mas para quem mora na margem sul e trabalha em mafra ou torres..não me parece muito boa ideia. Sai mais barato ir de carro.

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  17. Se calhar saia mais barato morar em mafra ou em torres, ou perto...
    Há casos em que a deslocação em transporte público para Lisboa representa claramente um incómodo suplementar em comparação com a utilização do automóvel. Isso é uma realidade.

    Agora, isso não legitima que essas pessoas se desloquem para Lisboa de carro e o estacionem nos passeios. Chama-se a isso livrar-se de um incómodo (ir de transporte público), criando um incómodo para os outros (os peões). Por outras palavras, é resolver um problema pessoal à custa dos outros.

    Isso é inaceitável.

    Quanto aos (muitos) residentes em Lisboa que também estacionam nos passeios:

    Quase toda a gente, quando compra ou arrenda uma casa, não se preocupa minimamente se na zona em causa vai ou não poder estacionar o seu carro. Primeiro compra-se a casa; depois levam-se os carrinhos do agregado familiar; se não houver lugar para estacionar, estaciona-se em cima do passeio.
    Isto não pode ser assim. Quem quer viver no centro histórico de Paris, por exemplo, já sabe que terá de abdicar do automóvel. A conversa de que as cidades em Portugal não se adaptaram aos carros (criando lugares de estacionamento para todos) não passa de conversa da treta.

    Quem é que dentro da cidade de Lisboa se pode queixar de não ter transportes públicos? Mas são milhares e milhares os residentes na cidade que se deslocam de automóvel para o trabalho, para as compras, para o café...

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  18. Misérias à parte, uma boa comparação é a do pescador.
    Amanhã vou comprar uma cana de pesca à Decathlon e vou ver se me deixam ir pescar pro Oceanário.
    Segundo a lógica dos automobilistas prevaricadores, devem permitir; pois se comprei uma cana-de-pesca tenho direito a pescar. Se há ou não peixe no rio, isso não é problema meu; o que eu sei é que há peixe no Oceanário e é lá mesmo que vou pescar, e ai daquele que quiser colar-me um autocolante na cana-de-pesca, leva logo com a marmita nos cornos!
    JC

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  19. JC: boa, boa, dei umas belas gargalhadas
    JL

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  20. O JC só não sabe é que eu sou ainda pior que ele (?), indigno-me com carros no passeio e farto-me de partir espelhos e ando a ver se aqui neste blog me curo... Eu nao vivo fora de lisboa nem trabalho lá, apenas referi que nao percebo bem as criticas ao artigo, e o sr JC não percebeu quase nada do que eu disse, nem percebeu ainda que os automobilistas que dormem no carro 2h talvez seja porque nao estacionam em cima dos passeios....

    O anónimo que nao tem direito a pescar no oceanario

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  21. "Se calhar saía mais barato morar em Mafra, ou em Torres, ou perto..."
    Sinceramente há pessoas que dizem com cada besteira......
    Eu não ando de carro na cidade e este senhor vai-me dizer uma besteira destas????
    Imaginem esta situação: Moro em Lisboa, tenho a casa paga, tenho de ir trabalhar para Mafra.
    Qual a solução? Arrendar casa em Mafra (que dê para o agregado familiar) só para não levar o carro, E depois ainda tenho que pagar transportes públicos em Mafra para me poder deslocar......
    Sim senhor..... muito bem pensado.......
    Conseguir arrendar a casa já é difícil, conseguir arrendar uma casa cujo preço seja equivalente ao seu estaod de conservação ainda mais difícil é, conseguir arranjar emprego (para quem não tem) ainda mais difícil.
    Isto está difícil para todos por isso não proponham soluções que só vão causar mais problemas.

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  22. "...mas para quem mora na margem sul e trabalha em mafra ou torres..". mas quem faz isso?? meu caro, tá na hora de mudar de casa. isso não é vida para ninguém...

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  23. Façam lá o que quiserem às vossas vidinhas, trabalhem onde quiserem vivam onde poderem, mas NÃO ESTACIONEM NOS PASSEIOS PORRA!

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  24. 9:56: Tenha calma, não é preciso insultar!
    Se eu vivesse na margem sul e trabalhasse em Mafra ou em Torres Vedras, garanto-lhe que a minha 1ª primeira opção seria sempre o transporte público (comboio), mesmo sabendo que ia demorar mais. Aliás, isso de o carro ser mais barato talvez não seja bem assim. Se calhar só fez as contas ao combustível. E o desgaste do carro, não conta? Seixal-Torres Vedras, ida e volta, são uns 160 a 180 km/dia, cerca de 4000 km/mês...
    Mas vá lá, admito que se a utilização do comboio para Mafra ou Torres Vedras fosse impraticável (por ex., por causa dos horários), tivesse de utilizar o carro, desde que não fosse para depois o estacionar nos passeios.
    Só que eu nem chegaria a esse ponto, porque trabalhando em Mafra ou Torres Vedras nunca ficaria a viver na margem sul. Também não deve ter feito bem as contas. O custo da habitação na zona de torres vedras ou mafra é bem inferior ao da margem sul.
    Por fim: não era "só para não levar o carro" que eu viveria em mafra ou torres vedras. Era uma questão de qualidade de vida. Viagens de quase 200 km todos os dias?... Ainda por cima, para ficar a viver num sítio mais caro e com menos qualidade de vida? Não, obrigado.
    Também não percebi: se não anda de carro em Lisboa, o que é que esta conversa tem a ver com o artigo do JN?

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  25. 13:33 eu não estava a insultar ninguém. bem pelo contrário. pagar menos por uma casa para depois ter uma vida infernal é algo que não é para gozar. por isso é que mais vale comprar/alugar uma casa perto do trabalho e poupar os mais de 250 euros que se gastaria em viagens e manutenção do carro para pagar o aluguer ou compra da casa.
    o problema é que o portuga coloca o carro à frente de tudo. inclusivé da própria família. e a sua vida passa a ser uma monotonia e escravidão carro/trabalho/carro. quantos eu conheço assim....

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  26. 14:56, eu estava a responder ao 1º comentário das 9:56, não ao 2º...

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