Descentralização de competências
Lisboa: novos agentes da Polícia Municipal vão combater estacionamento abusivo
Os 150 agentes que serão transferidos da PSP para a Polícia Municipal de Lisboa terão a missão de combater o estacionamento em segunda fila e em cima dos passeios, disse hoje o presidente da Câmara, António Costa."Esses agentes terão uma missão muito clara, o combate ao estacionamento em segunda fila e em cima dos passeios", afirmou o autarca aos jornalistas, à margem da entrega de chaves a famílias que regressaram às suas casas, no Castelo, após obras coercivas realizadas pela Câmara.Para António Costa, esse combate "não se faz com multas, mas com polícias na rua, que previnam as infracções". "Os 150 devem vir dos 600 agentes que existem na Divisão de Trânsito, aliviando-os dessa tarefa e permitindo à PSP concentrar-se naquilo que é a sua competência, a segurança", sustentou.A transferência de 150 agentes da PSP para a Polícia Municipal realiza-se no âmbito da descentralização de competências em matéria de trânsito. Questionado sobre as conclusões da reunião do conselho municipal de segurança de ontem, António Costa referiu que foi discutido o projecto de contrato local de segurança, a celebrar com o Ministério da Administração Interna.O vice-presidente da Câmara de Lisboa, Marcos Perestrelo (PS), que será o candidato do partido a Oeiras nas autárquicas, ficou responsável pela negociação do contrato local de segurança com a governadora civil, Dalila Araújo, acrescentou António Costa.
O Passeio Livre aplaude as boas perspectivas levantadas por esta notícia mas mantém o cepticismo, visto que, paralelamente ao anúncio do reforço do policiamento, o autarca de Lisboa manteve os pruridos de cumprir a lei. Perguntamo-nos o que farão os novos polícias municipais se o combate ao estacionamento selvagem "não se faz com multas".
Secalhar o antonio costa enquanto coçava os tomates vou este blog e decidiu agir...
ResponderEliminarEstes senhores.... Os seus estilos de vida é, em tudo, OPOSTO àquele a que a Baixa, o Bairro Alto, Santa Catarina, Alfama, a Graça, o Príncipe Real, os Anjos ou a Mouraria fazem apelo: porque preferem viver em espaços PRIVADOS, desde os condomínios, com piscina privativa, aos seus escritórios em "office parks" (com segurança e cancela à entrada), treinando-se ao fim da tarde em clubes de saúde, privados, e fazendo as suas comprinhas e vendo os seus cineminhas em centros comerciais (que, para quem não saiba, também são espaços privados, não públicos)....
ResponderEliminarA realidade desmente, de facto, os mitos mediáticos. Só quem não conhece Lisboa e outras cidades pode engolir essa balela da "Melhoria de estacionamento". E essoutra que seria passar a "solução para a sua revitalização" pela edificação maciça de condomínios de luxo, tipo Quinta dos Inglesinhos, ou Terraços de Bragança, com garagens para três carros por fogo, como aliás defende o famoso "estudo" apresentado pela M.ª J. Nogueira Pinto (e agora apadrinhado por Ant.º Costa!).
Há que reabilitar Lisboa, reconstruir edificios com garagens, criar espaços eficazes de estacionamento...
Ou só será reabilitada se houver um novo terramoto?
Tira de um lado para meter no outro, como é que vai ser melhor?
ResponderEliminaróh anonimo das 17;47, não sabe que é feio ter inveja dos estilos de vida dos outros?
ResponderEliminarOlhe, eu não tenho inveja do seu - o de activista, magro e com barba por (des)fazer -.
É sempre engraçado ver os estereótipos que nos atribuem. Não sou o anónimo das 17:47 mas podia ser. E informo ao das 2:22 que sou um senhor já de certa idade e, portanto, com a correspoindente barriguinha, e ando sempre bem barbeado. Activista? Nunca tinha sido.
ResponderEliminarAnónimo das 2:22, não sou o anónimo das 17:47, mas não sabe que é feio dizer disparates e ser pobre de espírito?
ResponderEliminarJá agora, jamais desejaria ter um aspecto como o seu: desrespeitador, balofo, fumando charuto e não declarando impostos.
Volte lá para o seu palácio cor-de-rosa e dê cumprimentos à fada. Quando quiser, desça à terra.
Estou a escrever para vos contar uma pequena história que me aconteceu na Alemanha já lá vão uns 10 anos. Andava eu a tratar da minha vidinha quando num dia de má sorte me lembrei de deixar o carro numa zona de estacionamento limitado no tempo - este é um conceito interessante que mostra o muito que estamos atrasados em termos de consciência cívica neste triste país.
ResponderEliminarA ideia é ter zonas de onde o tempo de estacionamento está restringido a um período máximo, creio que uma hora, já não me recordo com toda a certeza. Para os fiscais de transito, saberam quando estacionámos o carro, temos um cartão que tem impresso um mostrador de relógio e um ponteiro plástico que podemos ajustar, marcando desta forma a hora de chegada, apenas temos que deixar este cartão dentro da viatura em local visível. Notar que fora esta limitação, o estacionamento é grátis. É óbvio que este conceito teria um sucesso nulo se fosse aplicado em Portugal - por razões também elas óbvias!
Neste ponto entram as velhinhas. As multas de estacionamento não são passadas pela polícia. Em vez disso há pessoas (em regra pessoas reformadas) que armadas com um pequeno aparelho, passam de forma rápida e eficiente as multas necessárias, sem poupar no papel, diga-se. Assim a polícia fica com mais recursos para desempenhar tarefas mais importantes e todas as pessoas que estacionam indevidamente podem ter um expectativa bastante razoável de serem multadas, dado que o fornecimento de velhinhas parece inesgotável e a vontade que estas têm de multar também! Outro ponto a ter em conta é que a multa é passada muito depressa, a pessoa limita-se a introduzir um código (que define o local, penso eu) e a matricula do automóvel. Em contraste, já todos observámos os nossos polícias que levam meia hora a passar uma triste de uma multa e isto na melhor das hipóteses. Se entretanto o automobilista chega então leva-se muito mais tempo dado que por um lado ainda o vão identificar e por outro a própria polícia não se safa de ouvir a ladainha do costume: "oh, sr. guarda perdoe lá a multinha" - que triste!
Voltando à minha história, esqueci-me de referir que estava numa pequena vila, com muito poucos carros, ou seja a necessidade de espaço de estacionamento não era muito grande. Apesar disso, quando cheguei dez minutos depois do tempo limite, já la tinha a respectiva multa. Ou seja, não há avisos prévios, não aparece o polícia a pedir por favor para tirarmos o carro e darmos um jeitinho. Assim que se está em transgressão, a multa é aplicada.
O engraçado é que, ao contrário do que se faz nesta terra de umbiguistas, as pessoas aceitam esta situação sem qualquer problema. Não se diz que a polícia anda na caça à multa. A polícia e os fiscais cumprem o seu dever, que é muito simples: sempre que observam uma transgressão aplicam a respectiva multa. Os outros cidadãos, por outro lado, aceitam isto como pessoas adultas que conhecem as regras da sociedade onde vivem. Como resultado liquido disto tudo aumentam substancialmente a respectiva qualidade de vida.
Se calhar o que Portugal necessita é maturidade e pessoas que pensem como adultos e não como putos mimados.
Inspirador, o comentário das 12:17. Aliás, pergunto a todos os que me possam ler e que sejam mais viajados do que eu: haverá no mundo algum outro país onde exista alguma expressão correspondente a "indústria da multa", ou somos nós (eles) os campeões do mundo em desculpabilização através da atribuição de motivos de alguma maneira inconfessáveis à aplicação da lei quando esta se volta contra nós (eles)?
ResponderEliminarSabia que, de 150 polícias à partida, só 30 na melhor das hipóteses é que a cada momento estarão na rua? A conta é esta: 10% de baixa, 10% de serviço administrativo, 10% de férias, 10% em tribunais, 1% em formação, 1% em representação, 1% em cargos de chefia, 3 turnos por dia.
ResponderEliminarO que são 30 polícias mais numa cidade com 5500 km de ruas?