E quando pensava que já se tinha visto tudo...

Exmo. Senhor Dr Francisco da Cruz dos Santos

Presidente da Câmara Municipal de Beja,

Venho por este meio alertar a CMB para o uso indevido da entrada de um Monumento Nacional como parque de estacionamento.
É inaceitável que a entrada de um monumento classificado como de importância nacional - o antigo Hospital da Misericórdia na Rua D. Manuel I - apresente a sua Portaria frequentemente invadida por viatura automóvel.
Quero salientar que esta Portaria integra ainda uma abóbada manuelina de dois tramos com bocetes decorados com os símbolos primordiais de D. Manuel - o escudo, a esfera armilar e a cruz da Ordem de Cristo. Embora a obra tenha sido iniciada em 1469 foi o rei D. Manuel que concluiu o equipamento entre 1490 e 1511.
Utilizar a entrada deste monumento nacional como parqueamento automóvel é uma grande falta de respeito pelo património que é de todos.
A situação é tanto mais grave porque estamos perante um edifício muito raro. Restam poucos imóveis hospitalares do tempo do rei D. Manuel I. A cidade de Beja tem o privilégio de ter um imóvel deste valor mas, infelizmente, não parece estar a ser devidamente respeitado.
Esta situação também projecta uma péssima imagem de Beja aos turistas que nos visitam.
Envio em anexo fotografia do que acabei de descrever. Penso que a imagem é esclarecedora.
Solicito a sua maior atenção para este tipo de problemas que ainda ocorrem no centro histórico de Beja.
Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos,

F.J.

Recebido por um leitor de Beja.

Aproveitamos para agradecer todas as contribuições. A nossa caixa de e-mail está repleta de postais de cidades que não queremos devido às inúmeras fotos enviadas pelos leitores. Continuaremos a divulgar todas as situações.

Obrigado.

2 comentários:

  1. Estão enganados: Aquilo deve ser uma ambulância... do tempo dos dinossauros.

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  2. Meu caro senhor aquele veiculo faz parte do monomento. É uma carruagem metalizada com cavalos incorporados, que totalmente revolucionou o transporte no séc. XV.

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